O dia 8 de outubro é uma data para celebrar a cultura e a história do povo Nordestino. São nove estados que compõem a região, entre eles Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. Música, literatura, poesia e esportes. O Nordeste é um berço de craques nos seus mais diversos campos de atuação. E no futebol não é diferente. Em alusão a data que exalta a garra do povo Nordestino, o Blog do Torcedor e o Jornal do Commercio traz uma lista de jogadores da região que conquistaram a Copa do Mundo vestindo a camisa do Brasil.
A trajetória começou em 1958, no primeiro título mundial do país. Na época, Vavá, Dida e Zagallo foram os nordestinos presentes no elenco que entrou para história do Brasil.
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VEJA A LISTA:
Vavá
Conhecido como o Leão da Copa, Vavá marcou cinco gols naquela edição, realizada na Suécia. Um dos principais destaques da conquista, o centroavante tinha um futebol de valentia e presença na área. Revelado no futebol pernambucano, o Peito de Aço, como também era conhecido, iniciou a carreira no América de Recife. Posteriormente, passou também pelo Íbis e o Sport. Com destaque no Leão da Ilha, Vavá foi negociado com o Vasco da Gama, onde se tornou ídolo e abriu caminho para chegar a Seleção Brasileira.
Além do título em 58, Vavá voltou a ser campeão do mundo em 1962, no bicampeonato do Brasil. Na ocasião, brilhou mais uma vez sendo, inclusive, um dos artilheiros do mundial do Chile, juntamente com Garrincha, com quatro gols.
Dida
Presente na conquista de 1958, o alagoano Edwaldo Santa Rosa, o Dida, fez história no Flamengo, onde vestiu a camisa 10 e foi também o primeiro ídolo de Zico. Antes de chegar ao rubro-negro carioca, no entanto, o atleta foi revelado no CSA, em Maceió. De lá seguiu para Gávea, para ser ídolo não apenas de Zico, mas de toda uma nação. No Flamengo, Dida se tornou o segundo maior artilheiro do clube com 264 gols em 357 jogos, ficando atrás apenas de seu fã, o Galinho, que fez 732 jogos e marcou 509 vezes.
Zagallo
O terceiro daquela lista é, sem dúvidas, uma das figuras mais emblemáticas e representativas da história do futebol brasileiro. Mário Jorge Lobo Zagallo nasceu na cidade de Atalaia, em Alagoas, mas partiu muito cedo para o Rio de Janeiro, onde iniciou a carreira no América. Na carreira de jogador, brilhou pelo Flamengo e Botafogo. Além disso, o Velho Lobo construiu uma carreira vitoriosa fora de campo. Ao todo, Zagallo é tetracampeão do mundo, sendo duas vezes como jogador (1958 e 1962), uma como treinador (1970) e uma como coordenador técnico (1994).
Clodoaldo
Campeão em 1970 sob o comando do técnico Zagallo, Clodoaldo era titular naquela Seleção Brasileira que é tida como um dos maiores times de todos os tempos. O volante habilidoso tinha facilidade para marcar bem nos dois lados do campo e chegar com eficiência no apoio ao ataque. Natural de Itabaiana, em Sergipe, o meia iniciou a sua trajetória no Santos, onde fez história e jogou a maior parte da sua carreira. No Alvinegro Praiano, foram 510 jogos e treze gols marcados, além de inúmeros títulos. Na Copa do Mundo de 1970, marcou um gol na semifinal contra o Uruguai.
Bebeto
Depois de um jejum que durou 24 anos, o Brasil voltou a conquistar a Copa do Mundo em 1994, nos Estados Unidos. Na ocasião, havia quatro representantes da região Nordeste. O primeiro deles, José Roberto Gama de Oliveira, mais conhecido como Bebeto, se destacou por formar uma dupla vitoriosa com Romário. O ex-atleta é natural de Salvador, na Bahia, onde foi revelado no Vitória. De lá se transferiu ainda nas categorias de base para jogar no Flamengo, onde marcou época. O craque também jogou por Vasco e Botafogo, no Rio de Janeiro.
Mazinho
Já o meio-campo Mazinho é paraibano de Santa Rita. Ele foi revelado pelo Santa Cruz, da sua cidade, de onde veio para o Vasco da Gama. No Gigante da Colina, atuou em 232 jogos, com 17 gols marcados. O atleta também teve passagem pelo Palmeiras e por clubes da europa como Fiorentina, Valencia e Celta de Vigo.
Ricardo Rocha
Outro Nordestino presente na conquista do Tetra foi o pernambucano Ricardo Rocha, que é natural do Recife. O zagueiro começou a carreira no Santo Amaro e logo em seguida se transferiu para o Santa Cruz. Depois, jogou também por Guarani-SP, Vasco, São Paulo, Real Madrid, entre outros. Jogador de excelente técnica e grande liderança, recebeu o apelido de "xerife". Foi titular da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1990 na Itália. Foi para a Copa dos Estados Unidos em 1994 muito bem preparado, na época jogava no Vasco da Gama, mas logo no jogo de estreia acabou se lesionando, foi substituído e não voltaria a campo naquele mundial, mas a pedido do grupo, permaneceu junto ao elenco devido ao seu bom humor e alto astral.
Aldair
O baiano Aldair também estava presente na conquista do Tetra, onde jogou como titular após as lesões de Ricardo Gomes e Ricardo Rocha. Com isso, formou dupla de zaga com Márcio Santos. Natural de Ilhéus, na Bahia, foi ainda adolescente para Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, onde iniciou a carreira no Flamengo. Além do rubro-negro, o defensor fez história no Roma, da Itália, onde atuou em 415 jogos, com 20 gols marcados.
Rivaldo
Após o vice em 1998, o Brasil voltou a levantar a Copa do Mundo em 2002, quando sagrou-se o primeiro pentacampeão da competição. A conquista garantiu até hoje a hegemonia do futebol brasileiro no mundo. Um dos principais nomes daquela conquista, Rivaldo Borba Ferreira, o camisa 10 da Seleção Brasileira marcou cinco gols naquela edição. Considerado por muitos como um dos maiores da sua posição em todos os tempos, Rivaldo é natural de Recife e foi revelado no Santa Cruz. Do Tricolor do Arruda, passou por Mogi Mirim, Corinthians, Palmeiras e rumou para o futebol europeu para encantar o mundo, inclusive, com o prêmio de número 1 pela Fifa em 1998, graças às temporadas espetaculares que fez pelo Barcelona, onde marcou 130 gols e se tornou grande ídolo.
Dida
Mesmo sem atuar, o goleiro Dida também estava presente no grupo pentacampeão em 2002. Nascido em Ilhéus, na Bahia, o arqueiro foi revelado no Vitória. No Brasil, obteve grande destaque atuando por Cruzeiro e Corinthians, onde conquistou títulos importantes como a Libertadores e o Campeonato Brasileiro. Depois, seguiu para fazer história no Milan, da Itália, onde conquistou por duas vezes a Liga dos Campeões.
Edilson e Vampeta
Outros dois baianos presentes na conquista foi o atacante Edilson Capetinha, que é natural de Salvador e começou a carreira no Industrial (ES), além do volante Vampeta, que foi revelado pelo Vitória. Ambos fizeram história com a camisa do Corinthians.
Menção honrosa
Na relação de jogadores do Nordeste que brilharam na Seleção Brasileira não poderia faltar o nome do grande Ademir Menezes. Não foi campeão do mundo? Não importa. Artilheiro que foi considerado em sua época, nos anos 1950, o maior jogador do Brasil, Ademir, o Queixada, nasceu em Recife, foi revelado pelo Sport, onde jogou três anos, até ir para o Vasco da Gama e ser o grande ídolo do clube de São Januário. Ademir Menezes foi o artilheiro da Copa do Mundo de 1950, com nove gols.
No dia do nordestino, vale exaltar os representantes da região na #SeleçãoBrasileira. Um paredão no gol e um ataque de respeito!
— CBF Futebol (@CBF_Futebol) October 8, 2020
Parabéns, Santos, Everton, Firmino e Matheus Cunha. ???#felizdiadonordestino
Foto: @lucasfigfoto / CBF pic.twitter.com/OmKtjTqU8M
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