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Frustração e reembolso na véspera do jogo entre Brasil e Bolívia

As seleções estreiam na noite desta sexta-feira (9), no Itaquerão, na busca por uma vaga na Copa do Mundo Catar 2022

Karoline Albuquerque
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Karoline Albuquerque
Publicado em 08/10/2020 às 18:43 | Atualizado em 08/10/2020 às 18:44
ANDREY STOK/DIVULGAÇÃO
SALGADO Acordo assinado pelo governo ficou em R$ 532 mil e tem prazo de 12 meses a partir de abril - FOTO: ANDREY STOK/DIVULGAÇÃO

Quase 200 dias. Mais de seis meses. Exatamente 28 semanas. Esse foi o tempo que passou desde o dia 27 de março de 2020, quando deveria ter acontecido a estreia do Brasil pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo Catar-2022. Jogo este que seria disputado na Arena de Pernambuco, contra a Bolívia. Até que a pandemia do coronavírus chegou com força e a partida precisou ser, primeiro adiada e depois suspensa. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) levou o confronto, então, para o Itaquerão, em São Paulo, sem público, nesta sexta-feira (9).

E os torcedores pernambucanos ficaram apenas com a frustração, como a historiadora Gabryele Martins. Ansiosa para ver a seleção brasileira ao vivo no estádio pela primeira vez, ela comprou os ingressos com uma amiga no primeiro dia de vendas. Quando o surto de covid-19 chegou a Pernambuco, a expectativa da dupla era que o jogo entre Brasil e Bolívia fosse adiado.

 

"Foi bem engraçado, porque eu estava torcendo muito para que um jogo das eliminatórias acontecesse aqui para ter chance de ir, até por nunca ter ido em um jogo da seleção. Estava já com setores esgotados no primeiro dia de venda. Compramos e ficamos na expectativa. Veio a pandemia e eu só pensava que queria que o jogo fosse adiado, porque eu achava que a pandemia não iria durar tanto tempo", contou a torcedora.

O cancelamento da partida na Arena de Pernambuco foi um banho de água fria. E o equipamento em São Lourenço da Mata ainda não tem previsão para receber um jogo do Brasil. De acordo com a assessoria de imprensa da Arena, não existe estudo do calendário 2021, por parte da organização das Eliminatórias, para uma partida de seleção. Ainda mais com a presença o público, como Gabryele.

"Ainda espero que venha um jogo para cá. Torcendo. Lembro que ano passado teve ou ia ter, do sub-17, eu queria ir, mas não pude. A seleção principal vir, sendo eliminatórias, não sendo amistoso, achei maravilhoso. Queria muito. Foi algo bem frustrante", emendou a historiadora.

Até pela indefinição, a torcedora buscou o reembolso do ingresso e conseguiu o estorno através do cartão de crédito. Diferente de Gabryele, algumas pessoas não souberam o que fazer logo que o jogo saiu da Arena evários torcedores procuraram o Procon Pernambuco, através do WhatsApp e do 0800, para esclarecer dúvidas sobre o procedimento a tomar. Logo, a empresa responsável abriu um canal de atendimento para devolver o dinheiro de quem já não mais iria ver a seleção ao vivo.

"Para nós, no Procon Pernambuco, não teve nenhuma denúncia formal. Tiveram ligações de esclarecimento. Só uma reclamação. Nenhuma denúncia. Diante da existência da procura massiva, a empresa satisfez o plano de reembolso dos consumidores que compraram ingressos para esse jogo", explicou o gerente de atendimento do órgão Pedro Cavalcanti.

Aqueles consumidores que, por algum motivo, ainda não procuraram o reembolso, ainda têm tempo de fazer. O advogado do consumidor e superintendente do Procon Jaboatão dos Guararapes, José Rangel, destacou que esse tipo de pedido só prescreve depois de 5 anos.

"Ainda tem mais de 4 anos para reivindicar o dinheiro, de ser indenizado pela empresa a quem comprou esse ingresso. Inicialmente, a pessoa deve procurar a empresa que vendeu os ingressos. Ou seja, tentar de forma amigável, sem interferência do Estado", completou Rangel.

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