Com conquistas históricas no último domingo, a genialidade de Lewis Hamilton e LeBron James não ficam restrita apenas as pistas e quadras, mas transcendem o esporte de uma forma humanitária. Isso porque o piloto e o atleta são apoiadores da causa contra o racismo, que dizima milhares de vidas negras. O assassinato de George Floyd, afro-americano que morreu asfixiado em uma abordagem policial, colocou os Estados Unidos em uma espécie de ebulição social contrária ao crime racial. E não demorou muito para as duas estrelas do esporte mundial aderirem aos protestos.
Único piloto negro na principal categoria do automobilismo, a Fórmula 1, Lewis Hamilton participou de uma manifestação pacífica no Hyde Park, que fica no centro de Londres. Mas a participação do hexacampeão no movimento anti-racista não parou por aí. Hamilton se tornou uma figura ativa na onda de manifestações mundial sob o lema "Black Lives Matter", que significa Vidas Negras Importam. Além disso, o inglês cobrou que a F-1 e seus colegas de categoria se posicionassem de maneira mais firme e contundente contra o preconceito racial e estrutural.
Ainda neste contexto, em 12 de junho, Hamilton conquistou a primeira vitória em 2020 no GP da Estíria e no pódio, ergueu o punho, repetindo o movimento dos americanos medalhistas olímpicos Tommie Smith e John Carlos, que entraram para história ao fazer o sinal dos "Panteras Negras" nos Jogos Olímpicos do México em 1968. Na ocasião, antes da corrida, ele ajoelhou-se e usou uma camisa do movimento #BlackLivesMatter como uma forma de apoio às manifestações.
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Já LeBron James, considerado um dos maiores jogadores de basquete do mundo, usou sua influência para questionar a violência do Estado Americano. Com isso, se tornou, também, uma das principais referências de suporte ao movimento negro nas redes sociais. Se posicionar de forma contundente, no entanto, não é um ato solitário na vida do King James. Durante sua trajetória, se caracterizou também por ser um ativista pelos direitos das minorias, sempre expressando seu repúdio a políticos como o presidente norte-americano Donald Trump.
Além disso, o craque dos Lakers também apoiou os protestos dos jogadores da NBA, que interromperam os playoffs em forma de protesto ao assassinato de Jacob Blake, que levou sete tiros pelas costas da polícia quando ia entrar no carro em que estavam os três filhos pequenos. O posicionamento do astro proporciona um peso importante para a causa, por vir de uma pessoa que tem influência no cenário mundial, e possui lugar de fala para ser legitimado.
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