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Santos enfrenta o Boca na semifinal sonhando com o tetra da Libertadores

Quem passar enfrenta o Palmeiras na grande final

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AFP

Publicado em 13/01/2021 às 7:11
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Foi no Maracanã, onde será disputada a final da Libertadores-2020, que Pelé liderou o Santos na conquista do bicampeonato continental. O adversário daquele dia de 1963 é o mesmo que o Peixe tentará vencer nesta quarta-feira para voltar ao Rio: o poderoso Boca Juniors. O torneio continental tem transmissão exclusiva na TV aberta do SBT para todo Brasil e TV Jornal para Pernambuco.

O segundo duelo da semifinal, na Vila Belmiro, começa com equilíbrio entre as equipes depois do 0 a 0 em La Bombonera na semana passada, mas o time paulista está confiante e animado para mais uma vez reviver as memórias do passado e tornar o sonho realidade.

Em 4 de setembro de 1963, o Santos de Pelé, Coutinho e Gilmar derrotou o Boca por 3 a 2 no Maracanã. O jogo de volta da final dessa Libertadores, sete dias depois, na casa dos argentinos, foi mais uma vitória (2 a 1) com gol do Rei. Esse foi o segundo título da Libertadores do alvinegro praiano (depois do que havia sido conquistado em 1962).

Quase sessenta anos depois, uma nova geração, liderada pelo técnico Cuca, quer fazer do Peixe o primeiro tetracampeão da Libertadores (também foi o vencedor em 2011) com o Maracanã, onde a final será disputada em 30 de janeiro, como palco.

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O adversário será o vencedor do duelo Palmeiras-River, que será definido nesta terça-feira em São Paulo, com os argentinos tentando a façanha de reverter o 3 a 0 sofrido em Avellaneda.

"Estamos com os pés no chão. [Temos que] trabalhar para fazer um grande jogo contra o Boca", disse Cuca.

A arma de Santos é a resiliência. Mergulhados em uma profunda crise econômica e com uma sanção que os impede de contratar, o time paulista soube se adaptar às dificuldades dentro e fora de campo.

Para o confronto final das semifinais, eles vão precisar dessa versatilidade. O goleiro titular John está fora por conta de covid-19, o que causou polêmica na Argentina porque o goleiro jogou contaminado em Buenos Aires. O zagueiro reserva Wagner vive a mesma situação.

João Paulo, titular até contrair o vírus em novembro, vai defender o gol do Peixe, que sofreu apenas três gols em cinco jogos da Libertadores disputados em casa.

Exceto pela mudança no gol, os paulistas vão repetir o time titular que empatou como visitante, comandados pelo venezuelano Yeferson Soteldo, e pelos ágeis atacantes Marinho e Kaio Jorge.

POR MAIS UMA FINAL

Um empate com gols é o suficiente para o Boca segui na luta pela sua sétima Libertadores, título com o qual se igualaria ao Independiente de Avellaneda como o maior vencedor do torneio continental.

Sem um jogo vistoso, mas com a força de suas individualidades e um treinador sagaz como Miguel Ángel Russo, os 'Xeneizes' aterrissam no Brasil após a classificação para a final da Copa Maradona, na Argentina, no sábado.

Com o elenco completo, motivados pela possibilidade de se tornarem bicampeões argentinos e confiantes por apenas terem perdido em um dos cinco duelos que enfrentaram como visitantes na Libertadores, os argentinos teriam uma novidade em relação ao time titular do jogo de ida.

Jorman Campuzano, peça defensiva do meio-campo, está recuperado de uma lesão muscular e seria titular. O volante colombiano deve voltar a formar uma dupla com Nicolás Capaldo, em um bloco que servirá de respaldo para Eduardo Salvio, Sebastián Villa, Franco Soldano e Carlos Tevez na ofensiva.

"Este grupo é muito bom, da cabeça, principalmente. As exigências físicas e mentais que temos também são grandes, porque sempre temos a obrigação de chegar às finais, pelo menos", disse Russo.

Embora a história ilumine o Santos, o Boca também tem cartas para mostrar. O time argentino levantou sua última Libertadores em 2007 com Russo como técnico. Nesse ano o Santos foi eliminado na semifinal.

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