Tóquio-2021

Japão reitera realização da Olimpíada e brasileiros correm por vagas importantes

País tem 179 atletas garantidos em Tóquio, mas ainda precisa preencher vagas importantes, como na natação, basquete e judô

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Luana Ponsoni

Publicado em 20/01/2021 às 9:40 | Atualizado em 21/01/2021 às 10:31
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Autoridades japonesas vieram a público esta semana para assegurar a realização dos Jogos Olímpicos de Tóquio, entre 23 de julho a 8 de agosto. Na última segunda-feira (18), o primeiro ministro Yoshihide Suga prometeu controlar a pandemia no País pelos Jogos Olímpicos no País. Um dia depois, foi a vez de o principal porta-voz do governo, Katsunobu Kato, declarar que a imunização em massa não será pré-requisito para o evento acontecer. Diante das garantias, resta o calendário mundial de competições se adequar às restrições impostas pela pandemia para que os atletas sem vaga possam se classificar ao evento poliesportivo.

Antes do cancelamento de competições internacionais no ano passado, 57% das vagas para os Jogos Olímpicos de Tóquio estavam preenchidas. O Brasil tem 179 atletas garantidos, mas ainda restam vagas importantes a serem ocupadas pelo País a pouco mais de seis meses do evento.

 Nos revezamentos da natação feminina, o Brasil segue sem representantes e terá de assegurar classificação na Seletiva Olímpica. O evento está marcado para 20 a 25 de abril, no Parque Maria Lenk, no Rio de Janeiro. Será a única oportunidade também para os nadadores do País conquistarem vaga em Tóquio nas disputas individuais. Entre os quais a pernambucana Etiene Medeiros. "2020 foi um ano muito difícil, com muitas incertezas - e pra o esporte não foi diferente", comentou a atleta em seu Instagram.

A velocista é especialista nos nados costa e livre. Nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, a pernambucana foi finalista nos 50 metros livre e nos 100 metros livre. Etiene é considerada a principal nadadora do País e esperança de resultados ainda melhores na nova edição da Olimpíada.

Satiro Sodré/rededoesporte.gov.br
Breno, João, Guilherme, Vinicius. Revezamento 4x100m medley. Campeonato Mundial dos Esportes Aquáticos. 28 de Julho de 2019, Gwangju, Coreia do Sul. Foto: Satiro Sodré/rededoesporte.gov.br - Satiro Sodré/rededoesporte.gov.br

Já no masculino, o Brasil está garantido nos revezamentos 4×100 metros livre, 4x200m livre e 4x100m medley. As classificações foram obtidas no Mundial de Gwangju, na Coreia do Sul, em julho do ano passado.

Outra ausência importante se dá na ginástica artística. Apenas Flávia Saraiva conseguiu a vaga no individual geral entre as mulheres durante o Mundial de Stuttugart em 2019. A melhor chance do Brasil de contar com mais uma ginasta em Tóquio é o Campeonato Pan-Americano, que vai distribuir duas vagas extras, por gênero, para cada país. Programado inicialmente para maio de 2020, o evento deve ser remarcado até maio deste ano. A candidata mais forte do Brasil é Rebeca Andrade, especialista nas paralelas assimétricas e no salto sobre a mesa. A equipe masculina está classificada.


No judô, esporte individual que mais trouxe medalhas olímpicas para o País, se o ranking de dezembro de 2020 for mantido, o Brasil ainda tem três vagas em aberto. Ao todo são 14 por país. A principal ausência é na categoria -57kg deixada pela atual campeã olímpica Rafaela Silva. Ela não vai disputar os jogos porque cumpre pena por ter sido flagrada no antidoping. As demais categorias sem atletas com ranking são a -48kg no feminino e -73kg do mascullino.

ESPORTES COLETIVOS

Fiba Américas/AmeriCup
Brasil luta por vaga em Tóquio às vésperas da Olimpíada - Fiba Américas/AmeriCup

Entre os esportes coletivos, enquanto as seleções masculina e feminina de vôlei já estão garantidas, assim como o handebol feminino e o rugby feminino, o basquete e o handebol masculino ainda correm atrás da classificação. A seleção de basquete disputa a vaga durante o Pré-Olímpico que vai acontecer nas vésperas dos Jogos de Tóquio, entre 22 de junho e 4 de julho, na cidade de Split, na Croácia. Já a de handebol luta pela vaga entre 12 e 14 de março, no Pré-Olímpico da Noruega.

O basquete do Brasil está na Chave B do Pré-Olímpico, ao lado dos donos da casa e da Tunísia na primeira fase. "Uma coisa boa é que eu a conheço profundamente seus problemas e virtudes", disse o técnico da seleção brasileira, o croata Alexander Petrovic sobre a Croácia.

"Importante não é só ganhar da Croácia no começo. É importante ganhar da Tunísia, porque aí estaremos na semifinal. Depois, poderemos cruzar novamente com a Croácia (na final). Não preciso mostrar todas as cartas para a Croácia no primeiro jogo", concluiu em coletiva de imprensa realizada no Rio logo após o sorteio das Chaves do Pré-Olímpico.

A seleção feminina, por sua vez, não tem mais chances de participar. A equipe perdeu a vaga ao não avançar da fase de grupos do Pré-Olímpico realizado em fevereiro do ano passado. É a primeira vez que o basquete feminino do País fica de fora de uma Olimpíada desde os Jogos de Barcelona-1992.   

No Handebol, o País ficou na Chave 1 do Pré-Olímpico, ao lado dos noruegueses, donos da casa, Chile e Coreia do Sul.  

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