LIBERTADORES

Palmeiras marca aos 53 do segundo tempo, vence Santos e conquista Libertadores

O gol do título do Verdão foi marcado pelo atacante Breno Lopes aos 53 minutos do segundo tempo. Time comandado pelo técnico português Abel Ferreira vai disputar o Mundial de Clubes no Catar, em fevereiro.

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Estadão Conteúdo

Publicado em 30/01/2021 às 19:08 | Atualizado em 30/01/2021 às 21:07
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Em jogo com transmissão histórica do SBT para todo o Brasil e exibição da TV Jornal para Pernambuco, o Palmeiras venceu o Santos por 1x0 neste sábado (30), no Maracanã, e sagrou-se campeão da edição 2020 da Libertadores. O gol do título do Verdão foi marcado pelo atacante Breno Lopes aos 53 minutos do segundo tempo, logo após uma confusão entre o técnico santista Cuca (foi expulso) e o lateral palmeirense Marcos Rocha, que recebeu o cartão amarelo.

É o segundo título do Palmeiras da Libertadores, que tinha vencido a competição em 1999. O time comandado pelo técnico português Abel Ferreira vai disputar o Mundial de Clubes no Catar, em fevereiro. O Verdão ainda está na final da Copa do Brasil, contra o Grêmio. 

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O jogo teve o nervosismo habitual de uma final em jogo único e teve poucas chances de gol. No geral, os sistemas defensivos conseguiram anular os ataques das duas equipes.  A partida contou com uma novidade. Os dois times tiveram direito a contar no estádio com cerca de 300 pessoas, entre staff, convidados e alguns torcedores. Houve registro de quebra de protocolo na entrada. 

 O JOGO

Um jogador contratado há menos de dois meses de um time da Série B e longe de ser a grande estrela do elenco do Palmeiras foi o herói do título mais cobiçado pelo clube nos últimos anos. Breno Lopes marcou de cabeça o gol do título da Copa Libertadores aos 53 minutos do segundo tempo e garantiu pela segunda vez na história a taça.

Antes de comemorar o título, foi preciso superar um jogo tenso. A final teve poucos chutes no gol e erros a perder de vista. Os donos das duas melhores campanhas da Libertadores estiveram longe do futebol veloz e ofensivo dos 12 jogos anteriores. Em um duelo parado e de poucas emoções, a bola decisiva saiu do pé de Rony e encontrou a cabeça de Breno Lopes, que colocou a bola no contrapé de John.

Foi apenas o segundo gol de Breno Lopes pelo clube. O jogador ex-Juventude tinha marcado pela primeira vez pelo Palmeiras diante do Vasco, na última terça, e entrou no segundo tempo para mudar a história da carreira dele e também a trajetória do clube. Em um jogo de poucas emoções e muitos candidatos a herói, um dos mais improváveis deles marcou o gol da vitória.

A final da Libertadores frustrou no início pela falta de cuidados com a pandemia e ausência de futebol. Os convidados presentes ao estádio se acomodaram quase todos no mesmo setor e muito próximos entre si. Embora isso tenha garantido o apoio, houve demonstrações claras de desrespeito ao distanciamento social. O locutor do Maracanã fez vários pedidos para que todos usassem máscaras.

Dentro de campo, o forte calor prejudicou o primeiro tempo. O ritmo lento e os muitos erros fizeram as chances de gol sumirem. O Santos começou o jogo mais ofensivo e posicionou os dois laterais como pontas. O Palmeiras controlou esse ímpeto e conseguiu cavar algum espaço no ataque com Rony. Veio dele o único chute da etapa inicial que obrigou um goleiro a trabalhar

O time alviverde teve menos posse de bola, porém conseguiu finalizar com mais perigo no primeiro tempo. Apesar de insistir muito nos chutões. O Santos penou por não ter o brilho de Marinho e Soteldo, ambos muito marcados. Em uma final de várias divididas, trombadas e erros, restava ficar claro quem teria o apetite necessário para jogar futebol e ser campeão.

O desafio no segundo tempo dos times era aprimorar a criação e fazer o setor de meio-campo aparecer. O jogo dependente de chutões, lances individuais e bolas aéreas parecia um reflexo do nervosismo dos finalistas. Pouco mudou. As defesas continuavam prevalecendo. Conforme o tempo passava, as equipes aumentavam o número de faltas e mostravam insegurança para arriscar.

Tensos à beira do gramado, os treinadores demoraram para mexer. As substituições só começaram depois dos 25 minutos do segundo tempo. O Santos conseguiu dar trabalho para Weverton pela primeira vez aos 31, em finalizações consecutivas de Felipe Jonatan e Pituca. Esses lances parecem ter ligado um alerta em campo de que o fim do jogo se aproximava e um gol a partir dali iria encaminhar o título.

A prorrogação era uma realidade quando um desentendimento agitou o jogo. Cuca e Marcos Rocha trocaram empurrões. O jogo parecia fadado ao fim após essa briga quando uma brecha se abriu. Rony puxou um ataque pela esquerda e cruzou para Breno Lopes na área. O atacante pode não ter a categoria de Evair, o renome de Ademir da Guia ou a idolatria de Dudu, mas agora está na história. Graças ao gol dele o Palmeiras voltou a ganhar a Copa Libertadores.

FICHA DO JOGO

PALMEIRAS 1 X 0 SANTOS

PALMEIRAS - Weverton; Marcos Rocha, Luan, Gómez e Viña; Danilo, Zé Rafael (Patrick de Paula), Gabriel Menino (Breno Lopes), Raphael Veiga (Alan Empereur) e Rony (Felipe Melo); Luiz Adriano Técnico: Abel Ferreira.

SANTOS - John; Pará (Bruno Marques), Lucas Veríssimo, Luan Peres e Felipe Jonatan (Wellington Tim); Alison, Sandry (Lucas Braga) e Diego Pituca; Marinho, Soteldo e Kaio Jorge (Madson). Técnico: Cuca.

GOL - Breno Lopes, aos 53 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Patricio Loustau (Argentina).

CARTÕES AMARELOS - Lucas Veríssimo, Gómez, Viña, Diego Pituca, Marcos Rocha, Soteldo.

CARTÃO VERMELHO - Cuca.

LOCAL - Maracanã, no Rio (RJ).

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