Retorno de lockdown no DF proíbe realização de eventos esportivos
O estádio Mané Garrincha seria palco de três jogos já a partir deste final de semana, sendo que dois deles são finais de Campeonato
ESTADÃO CONTEÚDO
Os mais de 300 mil mortos pela ação do novo coronavírus no Brasil mais uma vez é responsável por conturbar o calendário de jogos do futebol nacional. O estado de lockdown em Brasilia voltou a entrar em vigor após decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) suspendendo a decisão anterior que permitia a realização de atividades esportivas.
O estádio Mané Garrincha seria palco de três jogos já a partir deste final de semana, sendo que dois deles são finais de Campeonato. No domingo (11), Flamengo e Palmeiras decidem a Supercopa do Brasil enquanto que na quarta (14), o time paulista recebe o Defensa Y Justicia pela Recopa Sul-americana. Na terça (13), o Santos mandaria a partida contra o San Lorenzo pela Libertadores. Diante de tamanho impasse, o governador Ibaneis Rocha vai tentar recorrer da decisão a fim de garantir a realização das partidas
A decisão pega de surpresa também os clubes envolvidos. Tanto Palmeiras como Flamengo reservaram a semana para treinos visando este confronto e chegaram a reservar hotel em Brasília. A CBF ainda não se manifestou sobre essa decisão e nem se pode haver uma nova data ou local para a disputa da Supercopa.
O avanço do novo coronavírus na cidade fez com que Brasília entrasse no sistema lockdown durante o mês de março. Nesse período, atividades consideradas não essenciais foram proibidas. O último dia 30, após o fim do prazo de restrição, uma nova liminar foi proferida pela Juíza Kátia Balbino de Carvalho Ferrreira determinando a extensão das medidas restritivas a partir de abril. No entanto, o governo do Distrito Federal recorreu da ação.
De acordo com o raciocínio do desembargador Souza Prudente, o lockdown decretado em março ainda não reduziu o número de vítimas da covid-19. "Há uma escalada no risco de colapso do serviço de saúde público e privado no DF não se justificando o relaxamento de tais medidas", comentou.
Em Brasília, o panorama é caótico já que 98% dos índices de ocupação de leitos das Unidades de Terapia Intensiva na rede pública estão ocupados. Nesse mesmo quadro encontra-se também a rede privada que tem 98,12% das vagas preenchidas.