Náutico chega ao terceiro título com Edno Melo na presidência
São dois Campeonatos Pernambucanos, um em 2018 e outro neste domingo (23), além do título de campeão brasileiro da Série C, em 2019.
Quando Edno Melo assumiu a presidência do Náutico em 2018, o Timbu estava na Série C, enfrentando um momento político delicado e mandando seus jogos na Arena de Pernambuco. Tendo a união e o planejamento como motes principais da sua gestão, o mandatário alvirrubro comandou a volta para casa e a conquista de três títulos, além de um acesso. Foram dois Campeonatos Pernambucanos, um em 2018 e outro neste domingo (23), além do título de campeão brasileiro da Série C, em 2019.
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"Só tenho a agradecer. A Deus, à minha família que tanto sofreu comigo e dizer à torcida que isso daí é resultado de trabalho. Título tem que ser sempre o resultado de um trabalho. E a gente está provando. Essa gestão está dando três títulos ao Náutico já", disse Edno Melo, emocionado, após a conquista do Pernambucano, neste domingo.
Assim como este ano, em 2018 o Timbu terminou a primeira fase do campeonato como líder. Na ocasião, teve cinco vitórias, quatro empates e apenas uma derrota. Passou pelo Afogados nas quartas de final e pelo Salgueiro nas sêmis. Enfrentou o Central, em uma final inédita, e sagrou-se campeão. Além disso, pôs fim a um jejum de quase 14 anos sem vencer campeonatos.
Com um título na bagagem sob o comando de Edno Melo, era a hora de voltar para casa. O Náutico havia trocado o estádio Eládio de Barros Carvalho pela Arena de Pernambuco em 2013 e, com o tempo, essa mudança perdeu o sentido para a torcida alvirrubra. Da reforma do estádio, troca do gramado, até o jogo da volta, o clube investiu em ações de marketing, fez receita e fez bem também ao futebol. Em 2019, foi nos Aflitos que veio o acesso para a Série B do Brasileiro, após triunfo nos pênaltis contra o Paysandu.
Naquele ano o Timbu esteve na final do Pernambucano novamente, também diante do Sport. Com uma vitória rubro-negra no primeiro jogo e uma vitória alvirrubra no segundo, a decisão foi para os pênaltis e o Leão levou a melhor. Mas o ponto alto da temporada do Náutico seria a Terceira Divisão.
Disputando a Série C pelo segundo ano consecutivo, os alvirrubros sofreram no início da competição, mas com uma arrancada se classificaram para as quartas de final, garantindo o acesso à Série B. Para coroar a campanha, chegou até a final, enfrentou o Sampaio Corrêa na decisão e faturou a segunda taça da era Edno Melo. Em 2021, depois de traçar metas bem claras para o primeiro semestre, manter a base do elenco que fez um bom trabalho na reta final da Série B de 2020, sob o comando do técnico Hélio dos Anjos, também mantido no clube, o Náutico chegou à conquista do seu terceiro título na gestão do atual presidente.
FIM DO TABU
Em uma final emocionante, o Náutico venceu nos pênaltis por 5x3 o Sport, neste domingo, nos Aflitos, e se consagrou campeão do Campeonato Pernambucano de 2021. Esse é o 23º título estadual do Timbu, que não vencia o rival rubro-negro numa decisão desde o hexacampeonato de 1968. Além disso, a equipe alvirrubra não levantava um troféu em casa desde a conquista local de 1974. No tempo normal, a partida acabou empatada por 1x1 e ambos os gols foram marcados nos últimos minutos por Kieza e Mikael, respectivamente.
A disputa por pênaltis gerou bastante polêmica e confusão no fim do Clássico dos Clássicos entre a arbitragem e a comissão técnica do Sport. Com o auxílio do VAR, o árbitro Rodolpho Toski mandou repetir a cobrança de Giovanny defendida por Mailson, pois o goleiro se adiantou no lance. Na repetição, o atacante do Náutico marcou a rede.
Em seguida, Marquinhos isolou a penalidade e coube ao artilheiro Kieza liquidar a decisão para o Náutico. O centroavante do Timbu, por sinal, foi o maior goleador da competição com 10 gols marcados.