TÓQUIO 2020

Mariana D'Andrea leva ouro inédito no halterofilismo nas Paralimpíadas; Brasil fatura ouro no judô e na natação

O Brasil agora tem 30 medalhas em Tóquio, sendo 10 ouros, 5 pratas e 15 bronzes

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Estadão Conteúdo

Publicado em 29/08/2021 às 10:14
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A brasileira Mariana D'Andrea conquistou, na noite deste sábado, a primeira medalha do halterofilismo na categoria até 73kg em uma Paralimpíada. Mariana foi campeã paralímpica ao levantar 137kg.

Na primeira tentativa, Mariana levantou 130kg, enquanto a sua adversária chinesa Xu Lili não conseguiu a meta de 133kg. Na segunda rodada, a brasileira atingiu os 133kg, sendo superada em 1kg por Lili, que assumiu a liderança.

De virada, na terceira e última tentativa, Mariana apostou nos 137kg e conseguiu. A chinesa até tentou levantar os 138kg, mas não teve sucesso.

Competem na modalidade atletas que possuem deficiência nos membros inferiores (com amputação de membros inferiores e/ou com lesão medular) e/ou com paralisia cerebral. Mariana foi campeã paralímpica ao levantar 137kg.

Mariana D'Andrea chegou às Paralimpíadas de Tóquio como líder do ranking mundial, após, em 2019, ter conquistado o ouro nos Jogos Parapan-Americanos de Lima.

Alana Maldonado conquista ouro no judô

Alana Maldonado se tornou a primeira mulher brasileira a conquistar uma medalha de ouro no judô em Paralimpíadas, na categoria B1/B2 até 70kg. A brasileira superou a georgiana Ina Kaldani na decisão por ter aplicado um waza-ari ainda no começo da luta, que terminou sem outras pontuações.

O judô paralímpico é disputado por atletas com deficiência visual. Eles são divididos em três classificações: B1 (totalmente cegos), B2 (veem vultos) e B3 (veem imagens sem nitidez). Os atletas são posicionados pelos juízes já segurando o kimono do adversário no tatame.

Alana demonstrou grande emoção em entrevista ao SporTV após a conquista. "Não caiu a ficha ainda. Eu queria fazer história, conquistar o primeiro ouro paralímpico, assim como fiz no Mundial. Primeiro no Rio, em casa, depois campeã paralímpica na terra do judô, realizando meu sonho. Não tenho palavras para explicar", disse a judoca.

Na estreia, Alana venceu a italiana Matilde Laurie com um ippon aplicado em apenas sete segundos de combate e avançou para a semifinal. Em seguida, cerca de uma hora mais tarde, triunfou também com facilidade sobre Raziye Ulucam, da Turquia, com ippon em um minuto e meio de luta. Na sequência, veio a luta e a vitória sobre Ina Kaldani.

Alana era considerada uma das esperanças de medalha do Brasil. Ela já havia sido a primeira judoca paralímpica brasileira campeã mundial, ao conquistar o título em 2018, e prata na Rio-2016. Alana treina no Palmeiras e conquistou a primeira medalha de ouro paralímpica da história do clube.

Gabriel Araújo vence prova dos 200m livre na Paralimpíada

Gabriel Araújo está tendo uma estreia excelente em Paralimpíadas. Após conquistar uma prata nos 100m costas da classe s2 (atletas que não conseguem usar os membros superiores ou inferiores), o nadador de apenas 19 anos levou seu primeiro ouro ao triunfar na prova dos 200m livre da mesma classe.

O brasileiro teve uma largada muito forte e disparou na frente dos outros competidores. Contudo, ao perder tempo nas primeiras viradas, estava atrás do chileno Alberto Abarza na metade da prova. Gabriel conseguiu se recuperar e abriu grande vantagem para os demais na terceira parte.

Na última piscina, Gabriel inverteu e passou a nadar de frente, em vez de costas como todos faziam até então - lembrando que as disputas de nado livre permitem qualquer estilo - e fechou a prova mantendo a larga vantagem que tinha até então. O tempo final ficou em 4min06s52, garantindo o segundo ouro do Brasil nas piscinas neste domingo.

A prata ficou com mais um sul-americano, o chileno Alberto Abarza que fez o tempo de 4min14s17. O bronze foi do russo Vladmir Danilenko, que anotou 4min15s95. Outro brasileiro na prova, Bruno Becker ficou na quarta colocação.

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