Eliminatórias

Neymar e Messi, grandes amigos que voltam a ser rivais neste domingo

Os agora companheiros de PSG já se enfrentaram seis vezes, cinco delas defendendo as camisas do Brasil e da Argentina

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AFP

Publicado em 04/09/2021 às 21:19 | Atualizado em 04/09/2021 às 21:58
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Seu último encontro como rivais teve lágrimas e sorrisos... e um título histórico para a Argentina. Os confrontos entre Neymar e Messi, embora amigos próximos, são extremos: sempre tiveram um vencedor. Neste domingo, em São Paulo, a amizade terá uma nova prova.

Os agora companheiros de PSG já se enfrentaram seis vezes, cinco delas defendendo as camisas do Brasil e da Argentina. Nunca empataram e o último duelo, em julho, terminou com Messi erguendo seu primeiro troféu pela 'Albiceleste', no Maracanã.

Antes de conquistar a Copa América-2021, 'La Pulga' abraçou um desconsolado 'Ney', com quem formou um trio histórico no Barcelona (2013-17) junto com o uruguaio Luis Suárez. Lá no Camp Nou, se formou uma das amizades mais famosas e talentosas do mundo do futebol.

"ODEIO PERDER !!!! Mas aproveite o título, o futebol estava te esperando para este momento", escreveu o camisa 10 brasileiro, depois que o argentino encerrou uma incômoda série de quatro finais perdidas com sua seleção, incluindo a da Copa do Mundo no Brasil-2014.

Das lágrimas de Neymar e a alegria de Messi, eles passaram a um bate-papo nos túneis do estádio. Àquela altura, poucos imaginavam que a espetacular trajetória de 'Leo' no clube catalão iria acabar abruptamente e que os dois amigos iriam se reencontrar na capital da França.

"Cheguei ao time ideal. Neste vestiário estão os melhores do mundo em suas posições. Espero poder contribuir também", disse o seis vezes vencedor da Bola de Ouro em agosto, na chegada ao Paris Saint-Germain.

A dupla ainda não se encontrou dentro de campo com a camisa do time parisiense, que venceu as quatro primeiras partidas do campeonato francês. Messi estreou pelo PSG no último domingo, na vitória por 2 a 0 sobre o Reims, entrando aos 66 minutos para substituir o brasileiro. Como já é tradição, eles se abraçaram diante dos olhos de milhões.

 

Agora que voltaram a dividir o vestiário, o futebol os reúne para uma nova edição do clássico Brasil-Argentina, que será disputada no estádio Neo Química Arena, casa do Corinthians, onde poderão entrar cerca de 1.500 pessoas.

A seleção brasileira lidera confortavelmente as eliminatórias sul-americanas, com o recorde de sete vitórias nos primeiros sete jogos. Com onze jogos pela frente, o Brasil de Tite está a cerca de dez pontos de garantir a classificação para a Copa do Catar-2022.

A Albiceleste de Lionel Scaloni vem logo atrás, com 15 pontos, e uma sequência de 21 jogos sem perder (14 vitórias e sete empates).

É uma chance para que Neymar encurte a lacuna em seus duelos diretos contra o sucessor de Diego Maradona e, além disso, defenda a invencibilidade histórica brasileira, nas eliminatórias sul-americanas jogando em casa.

La Pulga' venceu quatro dos seis duelos diretos que travou com o amigo, dois deles em amistosos: 1 a 0 em Doha em novembro de 2010 e 4 a 3 nos Estados Unidos em junho de 2012, no qual marcou um hat-trick.

Nos dois jogos oficiais que venceu, conquistou dois títulos, a Copa América-2021 no Rio (1-0) e o Mundial de Clubes-2011 nos Emirados Árabes Unidos, quando o Barça venceu o Santos por 4-0. Nos seis jogos ele marcou seis gols.

'Ney' venceu os outros dois: uma partida preparatória disputada na China em 2014 (2-0) e um jogo das Eliminatórias para a Copa da Rússia-2018 (3-0) em Belo Horizonte, na qual marcou um gol.

O clássico sul-americano terá os dois no início de uma temporada em que o PSG, com um time dos sonhos, luta pela tão almejada Liga dos Campeões em que os craques lutam para recuperar o ritmo e encontrem a melhor forma física.

"Juntos de novo", escreveu Neymar quando Messi chegou a Paris. No Brasil-Argentina eles estarão juntos, mas de lados opostos.


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