Justiça determina que torcedor do Flamengo preso por beijar repórter da ESPN não poderá ir a jogos do time
O torcedor do Flamengo, Marcelo Benevides Silva, não poderá ir aos jogos do time sob risco de ser preso novamente
O torcedor do Flamengo, Marcelo Benevides Silva, preso na última quarta-feira (7) pelo crime de importunação sexual contra repórter do ESPN, Jéssica Dias, não poderá ir a jogos do próprio time por tempo determinado.
Segundo decisão do juiz Marcello Rubioli, da 1ª Vara Criminal Especializada em Organização Criminosa, Juizado do Torcedor e Grandes Eventos do Rio de Janeiro, a medida é válida até o fim do processo. Caso descumpra, Benevides corre risco de ser preso novamente.
As medidas cautelares também incluem que Marcelo Benevides não poderá viajar para fora do Estado do Rio de Janeiro sem autorização judicial e ter contato com vítima e testemunhas, a não ser que sejam parentes dele próprio.
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O juiz concedeu um alvará de soltura para o suspeito, preso desde a última quarta-feira (7). O magistrado considerou também que, "à vista do que consta dos autos, é bem provável" que o torcedor, mesmo se for condenado, "não cumprirá pena preso".
Segundo consta do depoimento da vítima e das testemunhas, o increpado "beijou seu rosto e ombro sem autorização, e teria passado a mão pelas costas da vítima até a região das nádegas", registrou o juiz na decisão, ao descrever a conduta de Silva.
REPÓRTER DA ESPN SOFRE VIOLÊNCIA SEXUAL AO VIVO
Jéssica Dias fazia uma transmissão ao vivo para o canal ESPN, sobre o disputa entre Flamengo e Vélez Sarsfield, pela semifinal da Copa Libertadores.
Momentos antes do início do jogo foi surpreendida pelo torcedor com um beijo no rosto. Segundo a jornalista Isabelle Costa, da S1 Live, o Marcelo Benevides teria também "passado a mão na repórter".
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Pelas redes sociais, a ESPN repudiou o episódio e informou que está tomando as providências necessárias. A repórter também recebeu apoio de outras emissoras de TV e clubes de futebol.
No Twitter, o Flamengo lamentou o ocorrido e reforçou que "atos repugnantes como esse não representam a Nação Rubro-Negra".