A quantidade de suspeitas de manipulações de resultados no Campeonato Brasileiro aumentam a medida que a investigação da Operação Penalidade Máxima avança. A situação resultou em uma série de afastamento de jogadores supostamente envolvidos em todo o Brasil.
O assunto tem sido pauta para torcedores, treinadores, dirigentes e até mesmo jogadores. Em entrevista coletiva, o atleta Victor Ferraz, do Náutico, repercutiu a situação e revelou conversas entre os membros do elenco alvirrubro.
"Conversamos bastante. Não tem como [não conversar], é o assunto do momento. Obviamente no vestiário se comenta, quando sai o nome de um atleta novo. 'Olha só, infelizmente, quem caiu'. Há mais tristeza em comum pela falha, porque a gente sabe como é difícil chegar em um nível desse de se tornar jogador, alcançar sonho. Aí por uma falha, e não vou nem falar desvio de caráter, é pego. Todo mundo erra, não estou aqui para passar pano, mas o sentimento aqui é mais de tristeza: "Poxa, caiu mais um". Atualizando páginas e há sempre mais um", lamentou.
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Mesmo com o surgimento constante de novas suspeitas, o jogador não acredita que a situação crie um clima de pressão para os membros do elenco.
"Acho que isso não traz pressão maior, pelo menos para mim, não. Jogadores são seres humanos cometem erros dentro e fora de campo. Os que cometeram fora de campo precisam ser checados e punidos. Dentro de campo, eu nem penso nisso, zero. A pressão nesse sentido é zero", garantiu Ferraz.
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O jogador defendeu que os envolvidos recebam 'punição severa' mediante à comprovação e que isso praticamente zeraria os casos.
"Só vejo uma solução: punição severa, como para qualquer outra coisa no âmbito feral. A impunidade infelizmente faz com que as pessoas se encorajem. Eu não estou aqui para ser juiz de nada, nem dizendo que quem é acusado é culpado. Mas quando for comprovado, é isso. O ser humano só trabalha com o medo da punição e acaba entrando um pouco mais da linha. Toda essa divulgação monstruosa tendo só isso vai diminuir bastante e quando sair as punições vai praticamente zerar, vai tornar mais justas as coisas", projetou.
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Victor Ferraz também lamentou que os casos resultem em uma generalização e citou outros casos em que isso acontece no meio do futebol.
'Muitas vezes nós, jogadores, somos taxados por erros de alguns. É comum falar de jogador mulherengo, que se não beber não joga, por conta de alguns grandes jogadores que tivemos e tinham essa prática. Aí às vezes pegam a classe inteira".