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ANCELOTTI NA SELEÇÃO BRASILEIRA? Com eliminação do Real Madrid na Liga dos Campeões, voltam especulações de Ancelotti na seleção brasileira

O treinador italiano tem contrato com o Real Madrid até junho de 2024, mas pode deixar o clube espanhol ao final da temporada

Filipe Farias
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Filipe Farias
Publicado em 17/05/2023 às 21:44 | Atualizado em 17/05/2023 às 22:37
JAVIER SORIANO / AFP
Carlo Ancelotti é a primeira opção da CBF para o comando da Seleção Brasileira - FOTO: JAVIER SORIANO / AFP

Da AFP

Cobiçado pela CBF para assumir a seleção brasileira, Carlo Ancelotti, o treinador com mais títulos da Liga dos Campeões (quatro), foi eliminado com o Real Madrid nesta quarta-feira pelo Manchester City, após a goleada de 4 a 0 no Etihad Stadium, mas o seu futuro na equipe merengue não parece estar ameaçado.

"Não quero ouvir falar disso. Ele tem contrato e estamos felizes", disse o presidente Florentino Pérez no dia 6 de maio, após conquistar a Copa do Rei, troféu que o gigante da capital espanhola não erguia desde 2014, cortando especulações sobre o futuro do italiano.

Desde então, nada mudou. É certo que a temporada do Real Madrid tem sido menos brilhante do que a anterior, culminando com fracassos na LaLiga e na Champions: o time merengue foi eliminado pelo City na Liga dos Campeões e no campeonato espanhol está a 14 pontos do Barcelona, já campeão.

Mas, no geral, a equipe de Ancelotti tem mostrado uma boa imagem na temporada 2022-2023, embora a goleada sofrida em Manchester doa bastante nos torcedores do Real Madrid.

Com a Copa do Rei, último troféu que lhe faltava, o técnico italiano conquistou o 'sexteto' (LaLiga, Copa do Rei, Champions, Supercopas da Espanha e da Europa e Mundial de Clubes) em 475 dias, pouco menos de duas temporadas, algo inédito em tão pouco tempo para um treinador do Real Madrid.

Amigo dos jogadores

Com seu ar bondoso, sua calma imperturbável e sua oratória, Ancelotti conquistou torcedores, jornalistas, dirigentes e, principalmente, os jogadores.

"Os jogadores são meus amigos", disse 'Carletto' após as comemorações do título da liga em maio de 2022.

Embora tenha havido uma época em que afirmou que encerraria a carreira no Real Madrid, Ancelotti admitiu, após a Copa do Mundo, que talvez tenha ido um pouco longe.

Talvez a "culpa" seja do Brasil, que depois de ser eliminado nas quartas de final do Mundial do Catar contra a Croácia (1 a 1 na prorrogação, 4 a 2 nos pênaltis), não hesitou em cortejar o técnico italiano.

Mas, por insistência dos jornalistas, Ancelotti, que completará 64 anos em 10 de junho, dia da final da Liga dos Campeões em Istambul, foi taxativo.

"O que farei no futuro não saberei. Pela última vez digo que meu contrato termina em 2024 e a ideia é chegar ao fim do meu contrato. Se o Real Madrid estiver feliz comigo depois, assino até 2034", disse o italiano, com um toque de humor.

"A realidade é que a Seleção Brasileira me quer, eu adoro isso, e isso me deixa muito empolgado. Depois, é preciso respeitar o contrato, um contrato que eu quero cumprir", insistiu Ancelotti.

Bernabéu novo e expectativa por Bellingham

A decisão de Ancelotti pode ser entendida olhando para as perspectivas que a temporada 2023-2024 desenha para o Real Madrid.

Para começar, a equipe vai finalmente jogar num estádio renovado: o Santiago Bernabéu, em construção desde o início da pandemia, deverá ser revestido com a sua nova pele metálica em dezembro de 2023, data prevista para a sua inauguração.

Depois, a equipe seguirá aprimorando seu elenco: Ancelotti confirmou a contratação do lateral-esquerdo Fran García (do Rayo Vallecano) e deve contar com a volta do meia Brahim Díaz, emprestado ao Milan.

E o Real Madrid continua trabalhando para contratar Jude Bellingham: o prodígio inglês do Borussia Dortmund disse 'sim' ao gigante da capital espanhola, segundo a imprensa, mas os dois clubes têm agora de acertar o valor da cláusula de rescisão, que deverá ultrapassar os 100 milhões de euros (R$ 536 milhões, na cotação atual).

Com esses argumentos, parece normal que Ancelotti, o primeiro técnico a se classificar para as semifinais da Liga dos Campeões em quatro décadas diferentes (1990-2020), queira continuar.

Ancelotti terá tudo à sua disposição para ir em busca de uma quinta Liga dos Campeões... e alcançar os onze troféus de Zinedine Zidane, o segundo treinador com mais títulos do Real Madrid, atrás de Miguel Muñoz (14).

 

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