Com três campeões olímpicos em quadra, Brasil vence o Peru na estreia do Sul-Americano Masculino
A Seleção Brasileira, que nunca perdeu uma edição do campeonato, agora está em busca do 34º título
Depois do título da Seleção Feminina no Sul-Americano de vôlei 2023 de forma invicta, e sem perder sequer um set, o Brasil estreou na competição, agora no naipe masculino, neste sábado, 26, atropelando o Peru por 3x0 (25-18, 25-18, 25-11).
O oposto Felipe Roque foi o maior pontuador da partida, com 14 pontos. O ponteiro Leal, com dez, foi o outro destaque.
Os jogos estão sendo realizados no Ginásio Geraldo Magalhães, o Geraldão, no bairo da Imbiribeira, Zona Sul do Recife. Com o resultado, o time garantiu três pontos na tabela de classificação.
Argentina, Chile, Colômbia e Peru — adversário de hoje — são as outras seleções que disputam o título do campeonato.
CAMPEÕES OLÍMPICOS EM QUADRA
O técnico Renan Dal Zotto escalou o time titular com três campeões olímpicos da Rio 2016 remanescentes no grupo: o levantador Bruninho, o central Lucão e o ponteiro Lucarelli. Completando a equipe, o oposto Alan na saída, o cubano naturalizado brasileiro Leal na outra ponta, Judson pelo meio de rede e o líbero Maique.
Ao longo da partida, a comissão técnica deu oportunidade para todos os reservas jogarem. Cachopa entrou no lugar de Bruninho, Felipe Roque no de Alan, Flávio e Otávio nos de Lucão e Judson; Adriano e Honorato nos de Leal e Lucarelli, e Thales no de Maique.
FELIPE ROQUE, MAIOR PONTUADOR DA PARTIDA, AVALIA SEU DESEMPENHO
O oposto Felipe Roque, que não começou o jogo como titular e entrou em quadra apenas no final da segunda parcial, terminou a partida como o maior pontuador do confronto, marcando 14 pontos — sendo nove feitos apenas em saque — comentou sobre o jogo.
"Eu estou muito feliz com essa estreia. É a primeira vez que eu jogo um campeonato pela Seleção aqui no Brasil. Eu estava até brincando com o pessoal que eu estava com uma dificuldade muito grande de sacar nos treinos, mas hoje, no jogo, o meu saque entrou. É muito gratificante. O primeiro passo foi dado. Que venham os próximos desafios.", disse o atacante.
"QUASE FUI ÀS LÁGRIMAS": DIZ JUDSON SOBRE SEU PRIMEIRO JOGO DIANTE DA TORCIDA BRASILEIRA
Em seu primeiro ano com a Seleção, o central Judson, de 24 anos, que se juntou ao time para disputar a Liga das Nações — após terminar a Superliga como líder das estatísticas de bloqueio — falou sobre a emoção da estreia.
"Eu tô muito feliz. Está sendo um sonho para mim. Hoje foi difícil segurar a emoção quando cantaram o hino dentro deste ginásio, que estava lotado. Eu quase fui às lágrimas. Estou muito feliz com essa oportunidade de ajudar a Seleção, mostrar o que eu sei fazer, e acima de tudo, jogar no meu país. Pro time era importante estrear desta forma, para se soltar, pensando, é claro, no resto da competição."
RENAN DAL ZOTTO, TÉCNICO DA SELEÇÃO, ELOGIA A TORCIDA PERNAMBUCANA
Renan Dal Zotto, prata nos Jogos Olímpicos de Los Angeles em 1984 como jogador, e agora técnico do time, falou sobre a importância do calor da torcida pernambucana para a vitória na estreia do campeonato.
"Estreia é sempre uma coisa complicada. O time se comportou bem, mas o que mais vale a pena falar é sobre o calor do público. É impressionante o carinho e a energia. Recife está de parabéns. O ginásio está maravilhoso. Eu tive o prazer de jogar aqui na década de 80, e hoje, vendo este lugar todo restaurado, dá muito orgulho", afirmou o treinador.
"É uma oportunidade maravilhosa para todos os atletas, comissão técnica, já se adaptar a esse clima de jogar em casa, pensando também no Pré-Olímpico no Rio de Janeiro. Vai dar uma noção muito boa para eles do que é jogar aqui no Brasil, principalmente para esses atletas que estão tendo a oportunidade de jogar o primeiro torneio oficial no país. A torcida pode ter um papel importante no decorrer do jogo. As situações que você enfrenta jogando com a casa cheia têm duas possibilidades que é desfrutar como uma coisa positiva ou pode gerar uma pressão enorme. Nesse sentido, o trabalho do André Heller com os jogadores pode ajudar muito a ser algo positivo. Isso depende muito da postura do time, da entrega do time. É recíproco: o time tem que contagiar a torcida para a torcida contagiar o time”, completou.
O Brasil volta à quadra neste domingo (27), contra a seleção do Chile, às 19h30, com transmissão.