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Náutico consegue estender suspensão de dívidas da Recuperação Judicial; entenda como isso ajuda as contas do Timbu

Timbu ganhou mais três meses de folga nas cobranças das dívidas referentes à sua Recuperação Judicial

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Haim Ferreira

Publicado em 20/09/2023 às 21:10 | Atualizado em 20/09/2023 às 23:38
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O Náutico conseguiu prorrogar por mais 180 dias a suspensão de ações e execuções contra o clube, dentro do processo de Recuperação Judicial.

O prazo anterior expirava nesta quarta-feira (20), quando se completavam seis meses da concessão da liminar, em 21 de março deste ano.

O pedido do clube foi aceito pelo juiz Adriano Mariano de Oliveira. Além da suspensão de execuções, também estão suspensos leilões de imóveis do clube, como a sede social e a garagem de remo.

ENTENDA A RECUPERAÇÃO JUDICIAL DO NÁUTICO:

O processo de recuperação judicial é um meio normalmente adotado por empresas para evitar que elas sejam levadas à falência no Brasil. Isso permite a renegociação de dívidas e preservação de alguns ativos. Um caso similar ocorreu com as lojas Americanas, por exemplo.

Para clubes de futebol, consiste em alguns casos um passo para a constituição de SAF (Sociedade Anônima do Futebol). O Cruzeiro, que hoje é SAF, já entrou com recuperação judicial. Em Pernambuco, o Santa Cruz fez o mesmo caminho.

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Presidente Diógenes Braga e demais diretores responsáveis pela Recuperação Judicial do Náutico - Divulgação

COMO ANDAM OS PAGAMENTOS:

Em junho, o Náutico apresentou seu plano de pagamento a credores. O clube optou por não estipular um valor linear de deságio, negociando de forma diferente as causas trabalhistas, as referentes à classe quirografária (dívidas comerciais, civis e de natureza residual) e as com microempreendedores e empresas de pequeno porte.

Para os processos trabalhistas, que representam 49,5% do valor total das dívidas, com 572 causas, o Náutico propôs o pagamento de 100% das verbas salariais, além de 10% dos valores referente a direito de imagem, horas extras e premiações.

O teto para cada processo é de 150 salários-mínimos. Valores referente a multas, juros, correção monetária, luvas e outras indenizações foram excluídos.

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