João Campos repudia ataques homofóbicos a jogador de vôlei de praia no Recife
Anderson Melo denunciou ataques homofóbicos durante a etapa de Recife do Circuito Brasileiro
O prefeito do Recife, João Campos, emitiu uma declaração, no fim da tarde deste sábado (16), repudiando o ataque homofóbico sofrido pelo jogador de vôlei de praia Anderson Melo durante o Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia no Recife. "Preconceito é crime. Atitudes como as que ocorreram no Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia, com o atleta Anderson Melo, devem ser sempre enfrentadas e repudiadas", afirmou o gestor.
Aos 32 anos, Anderson Melo denunciou ataques homofóbicos durante a etapa de Recife do Circuito Brasileiro. Durante a partida contra a dupla Luizão (AM)/Fabiano (PE), Melo foi alvo de ofensas vindas da torcida pernambucana, ouvindo insultos como "bicha" e comentários sobre sua orientação sexual.
O caso, que ocorreu na última quinta-feira (14), deixou o atleta abalado, levando-o a compartilhar sua experiência nas redes sociais após registrar um boletim de ocorrência. No relato publicado em suas redes sociais, Anderson Melo expressou sua frustração diante dos ataques em um ambiente que ele ama. Ele destacou a dificuldade em reagir pela primeira vez na vida diante de tal situação. O vídeo divulgado pelo atleta mostra claramente os insultos proferidos pela torcida.
Em seu comunicado, João Campos disse que as pessoas podem prestar sua solidariedade ao atleta denunciando. "Destacando que a homofobia deve ser condenada em todas as circunstâncias, seja dentro de uma quadra, de um estádio, nas ruas ou em nossa vida. Essa posição enfática reflete o compromisso da administração municipal em combater qualquer forma de discriminação e promover uma sociedade mais inclusiva e respeitosa", concluiu.
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Em seu apelo às autoridades locais, à CBV e aos seus seguidores, Anderson enfatizou a importância de agir contra esse tipo de comportamento prejudicial. A CBV, em resposta à repercussão do incidente, emitiu uma nota oficial afirmando que está investigando o caso e tomando medidas adequadas. Isso inclui a revisão das imagens da partida, conversas com a arbitragem e a cooperação com as autoridades locais para registrar um boletim de ocorrência. Além disso, a CBV anunciou a veiculação de uma mensagem contra discriminação antes das partidas, reforçando a intolerância zero em eventos de voleibol brasileiro.
"Faço um apelo para que este assunto não fique em vão, faço um apelo para as autoridades locais, a CBV, aos meus fãs e amigos para que isso não se repita com mais ninguém", escreveu Anderson.
De acordo com a Polícia Civil de Pernambuco, até o presente momento, não há registro no sistema. "Caso a vítima tenha feito o registro pela delegacia pela internet, há um período de validação e disponibilização no sistema", comentou a polícia.