A quase centenária Corrida de São Silvestre encerra o ano esportivo em São Paulo
A competição, inaugurada em 1925, reúne nesta terça-feira (31) corredores profissionais e amadores ao longo de 15 quilômetros da capital paulista
Mais de 37 mil corredores vão participar no último dia do ano da 99ª edição da corrida de São Silvestre em São Paulo, o maior evento urbano da América Latina, com atletas africanos que procuram defender a sua hegemonia.
A competição, inaugurada em 1925, reúne nesta terça-feira (31) corredores profissionais e amadores ao longo de 15 quilômetros pela capital paulista.
Como de costume, a São Silvestre terá largada às 07h25 (horário de Brasília) na Avenida Paulista. De lá vai percorrer as ruas e pontos turísticos da cidade e vai terminar na mesma avenida.
O clima pode ser um desafio para os 37.500 corredores inscritos - um recorde - já que se espera uma possível chuva, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
DOMÍNIO ESTRANGEIRO
Os estrangeiros têm dominado a prova desde a sua internacionalização. Os brasileiros não vencem desde 2006, entre as mulheres, e 2010, entre os homens.
Desde então, os corredores africanos acumulam 12 vitórias consecutivas.
Os campeões do ano passado foram dois quenianos: Catherine Reline Amanang'ole, que venceu em 49 minutos e 54 segundos, e seu compatriota Timothy Kiplagat, que cruzou a linha de chegada com o tempo de 44 minutos e 52 segundos.
O Quênia tentará repetir a vitória masculina este ano com Wilson Too (2º colocado na Meia Maratona de Bilbao, 2024) e Nicolas Kosgei (campeão da Maratona de São Paulo, 2024).
Na categoria elite masculina também correrão o etíope Gizealew Ayana (campeão da Maratona de Paris, 2023), além dos ugandenses Maxwell Kortek Rotich (atual campeão da Maratona de Porto Alegre), Moses Kibet e Phillip Kipyeko.
No feminino, as quenianas Agnes Keino, Cynthia Chemweno, Salome Chepchumba, Vivian Kemboi e Viola Kosgei (que subiu ao pódio da São Silvestre no ano passado) formam uma frente robusta para reforçar a dinastia do país, com 12 vitórias nas últimas 15 edições nessa categoria.
Também se destacam a etíope Kasanesh Base, a colombiana Laura Morales e a ugandesa Emily Chebet, terceira colocada na maratona de São Paulo deste ano.
DESTAQUES BRASILEIROS
Os brasileiros, por sua vez, buscarão recuperar o destaque depois de terem perdido o pódio no ano passado nas categorias masculina e feminina.
Johnatas de Oliveira Cruz e Kleidiane Barbosa Jardim, os melhores brasileiros da última edição, lideram o pelotão de corredores locais.
A primeira São Silvestre de São Paulo foi realizada na noite de 31 de dezembro de 1925, após o jornalista Cásper Líbero, fundador do jornal Gazeta Esportiva, participar de uma corrida noturna em Paris.
A prova recebeu o nome do santo falecido no dia 31 de dezembro e foi disputada anualmente sem interrupções, exceto em 2020, devido à pandemia.
A competição abandonou seu horário noturno ao longo dos anos: em 1989 foi realizada no período da tarde por questões de segurança, e a partir de 2012 passou a ser disputada pela manhã para evitar desgastes físicos devido às altas temperaturas do verão.