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Netinho relembra peso dos pênaltis no acesso do Náutico em 2006

O Náutico relembra durante a semana a campanha do acesso à Série A do Campeonato Brasileiro no ano de 2006

Karoline Albuquerque
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Karoline Albuquerque
Publicado em 12/05/2020 às 21:58
LÉO LEMOS/NÁUTICO
O ex-jogador falou sobre a campanha do acesso em live no Instagram do clube. - FOTO: LÉO LEMOS/NÁUTICO

Antes de relembrar em jogo virtual o acesso à Série A após 12 anos, conquistado na temporada 2006, o Náutico realiza uma série de lives com jogadores que estiveram em campo naquele Campeonato Brasileiro da Série B. Nesta terça-feira (12), o convidado do Timbu foi o ex-atacante Netinho, um dos destaques daquela campanha. Entre os tópicos abordados, o ex-jogador pontuou a pressão que acontecia cada vez que um pênalti era marcado a favor do Alvirrubro.

Para chegar ao tópico, Netinho relembrou sua chegada ao clube pernambucano, aos 22 anos. Sem citar nomes, ele contou que, logo em sua chegada, foi recepcionado por uma pessoa que o questionou de onde ele estava vindo. O jogador tinha sido emprestado pelo Atlético-PR (ou Athletico-PR, atualmente). Depois, a mesma pessoa perguntou o motivo do atacante ter assinado com o Náutico e questionou se ele não sabia o que estava acontecendo.

 

"'Sei, o clube está se reestruturando, é um recomeço, resgate de confiança e eu quero fazer parte.' Estava começando. Para mim, era a única oportunidade que eu queria. Ali começou. Fizemos um Campeonato Pernambucano mediano, ajustando a equipe para ver com quem contar na Copa do Brasil e na Série B. Mas aquela situação da batalha dos Aflitos em 2005 não saia da cabela, por mais que quem estava em 2006 não tenha participado, não tinha como desvincular", contou Netinho.

Ao mesmo tempo em que o torcedor resgatava a confiança, o elenco buscava afirmação. Para Netinho, então desconhecido, era a chance de mostrar o talento em um time com Kuki, Batata e o goleiro Eduardo. O desempenho no começo da Segunda Divisão, mesmo com derrotas no caminho, fazia o grupo acreditar que algo positivo aconteceria. E tudo começou com um jogo de portões fechados no estádio do Arruda.

O adversário da vez era o Brasiliense, que abriu 2x0 de vantagem. Netinho fez o gol da virada, mas, além do gol de Betinho, teve um gol de Flávio, de pênalti. "Pênalti naquele momento era surreal para o torcedor do Náutico. Poder fazer o gol da vitória foi algo que mostrou para a gente o caminho se abrindo para ter algo grande ali na frente", prosseguiu o ex-atacante.

O motivo dessa pressão no momento da cobrança, o torcedor alvirrubro que presenciou aquela temporada e a anterior, se lembra bem. Em 2005, na derrota para o Grêmio, dentro do estádio dos Aflitos, que custou o acesso do Timbu, o time pernambucano desperdiçou dois pênaltis, um no primeiro e outro no segundo tempo, já com o time gaúcho bastante desfalcado.

Então, voltando à campanha. Um dos jogos favoritos de Netinho naquela campanha também é marcado por um pênalti. Quando o técnico Roberto Cavalo deixou o time, Flávio, cobrador das penalidades, saiu junto do time com outros jogadores. Ficou para o jovem atacante realizar a tarefa. Antes da parada para a Copa do Mundo Alemanha-2006, o Timbu enfrentou o Paulista, na 10ª rodada.

"Foi um jogaço. O goleiro deles era o Victor, hoje no Atlético-MG. Fiz o gol de pênalti e ele ainda tocou na bola. Eu não podia sair na rua que o torcedor falava sobre pênalti. Eu treinava todos os dias, não com medo, mas com receio de errar um pênalti em um momento muito importante daquela campanha", emendou o ex-jogador.

No caminho, outras vezes Netinho, com 22 anos na época, assumiu a responsabilidade. A memória ainda é fresca na cabeça do ex-atacante. "Toda vez que saia pênalti era uma tensão no estádio, mas quando saia o gol era barulho ensurdecedor. Não conseguia mensurar a alegria da torcida e meu alívio com o gol", completou Netinho.

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