O Náutico tem se destacado nas últimas temporadas por revelar bons valores vindos da base. Erick, Jefferson, Robinho, Luiz Henrique, Thiago, Hereda, entre outros. Na safra que vai aparecendo com maior frequência neste ano, Rhaldney é o maior expoente, principalmente por vir se firmando na Série B. Entre outros nomes, alguns são pedidos pela torcida e outros vem recebendo mais críticas, como o volante Wagninho. Ele, tido como uma das principais promessa por parte da diretoria do clube, ainda não caiu nas graças do torcedor, que tem pegado no pé pelas últimas atuações dele. Na temporada, o cabeça de área fez apenas nove jogos, sendo dois na Segundona, atuando em 36 minutos ao todo.
A diretoria do Náutico mantém firme a posição sobre o jogador. A expectativa era que ele viesse a “estourar” no futebol ainda neste ano, porém isso ainda não aconteceu. Entre vários fatores que podem afetar na maturação de um jogador que vem da base, há a influência que um time bem encaixado exerce no seu crescimento. Coisa que, na visão da diretoria alvirrubra, ainda não aconteceu na temporada. E esse encaixe está se consolidando somente nas últimas rodadas, o que, mais para frente, deve ser fundamental para a evolução de atletas como Wagninho.
“Pega-se muito no pé de Wagninho, mas ele não teve ainda a oportunidade de jogar num time encaixado, está tendo agora. As vezes que ele esteve em campo, era sempre com um time alternativo ou entrando no fim de um jogo que estava perdido ou em condições ruins. Repito tudo que já falei em respeito dele, acredito demais e peço à torcida, sim, dê um crédito. Veja Rhaldney. Ele subiu no fim de 2018 e são quase dois anos que ele tem treinado em cima, está maduro agora e está muito bem. Mas Rhaldney foi um jogador que ninguém apostava nele. A gente apostava nele, a diretoria, a comissão técnica, e a gente segurou ele e está num momento muito bom. Mas o jogador tem um processo de maturação”, explicou o vice-presidente de futebol do Náutico, Diógenes Braga, em entrevista a Maciel Júnior na Rádio Jornal.
Paciência
Aos 20 anos, Wagninho integra uma safra que conta com o próprio Rhaldney, Carlão, Lucas Paraíba, Juninho Carpina, Luís Felipe, Eric Bahia, Itambé, entre outros que pratas da casa que têm treinado com o profissional e sido lapidados diariamente. Por cada um ter seu tempo para concretizar o potencial que vinha demonstrando nas categorias de base, o dirigente pede paciência para que os jogadores mantenham seu trabalho, com a cabeça no lugar, e atinjam o ponto que todos dentro do Náutico querem vê-los alcançar.
“Eu ficaria muito feliz se a torcida tiver paciência e o respeito mesmo em certas situações com os atletas, principalmente os da base. Está todo mundo trabalhando, às vezes não está num momento muito bom, não está com a cabeça muito boa, precisa retomar a confiança. O apoio da torcida é muito importante e o torcedor move muito o jogador. E podem ter certeza que Wagninho vai ser um grande atletas. É o processo de maturação e temos que respeitar esse processo. Isso varia de jogador para jogador”, encerrou Diógenes.
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