Após a derrota diante do Operário-PR, o Náutico se manteve em silêncio. Em comunicado repassado pela assessoria de imprensa, o executivo de futebol, Fernando Leite, definiu que nenhum integrante do departamento de futebol, incluindo o técnico Gilson Kleina, concederia entrevista no pós-jogo.
Apesar de ser uma tentativa de blindar o grupo na situação turbulenta vivida na Segunda Divisão, a atitude gera um isolamento ainda maior diante dos vários questionamentos e críticas feitas pelo torcedor alvirrubro. O silêncio se manterá até a coletiva pré-jogo diante do Sampaio Corrêa. Assim, o grupo reflete para buscar forças e, enfim, reagir na competição.
Atualmente, o momento do Náutico é bastante complicado, tendo apenas uma vitória nos últimos 11 jogos, somados a seis derrotas e quatro empates. Aproveitamento de 21,2%. Com os resultados da rodada, o Timbu está quatro pontos atrás do Vitória, primeiro time fora da zona de rebaixamento. Ou seja, é preciso emendar uma sequência positiva por várias rodadas e torcer por um momento ruim dos adversários que estão acima.
Invariavelmente, a pressão em cima de Gilson Kleina também está grande. Nas últimas entrevistas, o comandante falou que está "tentando de tudo" para fazer o time engrenar novamente na Série B. Fez alterações na equipe, inclusive tirando jogadores considerados titulares absolutos, como o meia Jean Carlos e o goleiro Jefferson. Entretanto, até o momento, não tem dado certo. E não só a mudança de peças, mas a mudança de atitude dos jogadores dentro de campo também é urgente. Apesar de variar jogos com imposição, como os empates contra Cruzeiro e Avaí, há várias partida com uma extrema apatia, feito o de ontem. Sem mexer nisso, será difícil haver uma evolução.
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