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Pagamentos atrasados, protesto e paralisação: Ponte Preta vive turbulência antes de encarar o Náutico

"Não considero uma greve. Considero que os atletas de forma legítima estão procurando uma solução", afirmou o presidente da Ponte Preta

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Davi Saboya

Publicado em 14/01/2021 às 8:06 | Atualizado em 14/01/2021 às 9:48
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A direção do Ponte Preta não recebeu uma boa notícia no início da preparação para o jogo de domingo contra o Náutico, no estádio Moisés Lucarelli, em Campinas. Na reapresentação, nessa quarta-feira, após o empate com o Cuiabá, os jogadores decidiram não treinar em forma de protesto contra os pagamentos atrasados. A decisão foi tomada após uma reunião entre os atletas no estacionamento do próprio centro de treinamento. Para o presidente Sabastião Arcanjo, a atitude ainda não reflete em uma paralisação geral.

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"Não considero uma greve. Considero que os atletas de forma legítima estão procurando uma solução, com todo direito, para o passivo trabalhista existente. Estamos fazendo todos os reforços para resolver. É que se diga que em 2020, durante todo o ano, a Ponte pagou em dia e antecipado os salários da CLT. É a primeira vez que estamos quatro dias, em 12 meses, de atraso com o pagamento da CLT", afirmou.

"Legalmente, tem em atraso, a CLT de dezembro que venceu no dia 11 de janeiro e o 13º salário. As premiações foram pagas até abril. Hoje (quarta-feira), os jogadores apresentaram uma proposta para tentar um acordo. Em torno dela, vamos buscar o mais rápido possível uma solução", completou o mandatário, em entrevista realizada na porta do CT, e cedida pelo repórter Ronnie Romanini, da Rádio Central, ao JC e Blog do Torcedor.

Segundo a imprensa de Campinas, a dívida da Ponte Preta com o elenco e comissão técnica não é uniforme. Porém, nos bastidores, a informação que circula é que o clube deve três meses de direito de imagem, férias, décimo terceiro, além de premiações atrasadas e nove de dez parcelas do acordo firmado durante a paralisação em torno da redução dos vencimentos. O salário (CLT) do mês de dezembro, previsto para segunda-feira (11), também ainda não caiu.

Mesmo com o ambiente conturbado, o presidente da Ponte Preta ainda tenta manter viva a esperança do acesso. O clube de Campinas é o 8º colocado com 48 pontos, quatro a menos que o CSA, quatro lugar com 54.

O Náutico é o 15º, com 39, e encara a Macaca, no domingo, às 16h, em partida válida pela 35ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro.

"O jogo do Náutico pode ser decisivo. O campo está oferecendo a chance da Ponte voltar para competição. Fora, cabe a nós a responsabilidade de buscar uma solução o mais rápido possível. E estamos fazendo isso", disse Sebastião.

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