Clássico dos Clássicos

Nos pênaltis, Náutico vence o Sport e conquista o título do Campeonato Pernambucano de 2021

O Timbu faturou o 23º título do Estadual

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Davi Saboya

Publicado em 23/05/2021 às 18:35 | Atualizado em 24/05/2021 às 1:53
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O sonho de levar um troféu de campeão em pleno estádio dos Aflitos se tornou realidade neste domingo. Desde 1974 que o Náutico não fazia festa em sua própria casa. Agora, esse jejum faz parte do passado. E melhor: a conquista do título pernambucano, o 23º da sua história foi em cima do rival Sport, de quem não ganhava uma decisão desde 1968. Foi merecido, mas também foi sofrido. No tempo normal, empate em 1x1. Como esse foi o mesmo placar do primeiro confronto, a decisão foi para os pênaltis. E o Timbu foi melhor. Venceu 5x3.

Apesar dos Aflitos vazio, os jogadores não deixaram de fazer a volta olímpica. Afinal, nos arredores do estádios, os torcedores estavam na varanda dos prédios soltando o grito de É campeão!!! A volta olímpica foi no estádio dos Aflitos vazio. Mas os atletas não e fez a festa para um estádio vazio, mas para os torcedores que ficaram na varanda.

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Mas não seria essa decisão que passaria ilesa de polêmica. A confusão ficou nas cobranças de pênaltis. Com o auxílio do VAR, o árbitro Rodolpho Toski mandou repetir a cobrança de Giovanny defendida por Mailson, pois o goleiro se adiantou no lance. Na repetição, o atacante do Náutico marcou a rede.

Em seguida, Marquinhos isolou a penalidade e coube ao artilheiro Kieza liquidar a decisão para o Náutico. O centroavante do Timbu, por sinal, foi o maior goleador da competição com 10 gols marcados.

O JOGO

A decisão não começou muito com grandes oportunidades feito o primeiro jogo da final. Com muita marcação e pouca criação, Náutico e Sport começaram cautelosos a partida. Ainda mais o Leão que tirou um atacante e optou por encher mais o meio-campo com a entrada de Zé Welison.

Mesmo assim, o Timbu foi o time que mais consegue exercer a estratégia. Aos 18 minutos, a primeira grande oportunidade do clássico e a favor dos alvirrubros. Mailson tentou afastar a bola levantada na grande área, errou, e Kieza pegou a sobra. O atacante não pensou duas vezes em chutar e Maidana tirou em cima da linha.

Enquanto o Náutico controlava as ações do confronto com jogadas mais verticais, o Sport pouco produziu. A marcação até encaixou e dificultou a vida do rival, mas ofensivamente forçou os passes longos e apenas ameaçou em finalizações de longe, como foi o caso do arremate de Zé Welison.

Já o time alvirrubro quase marca com um gol olímpico com Jean Carlos. O meia, por sinal, deu muito trabalho ao arqueiro rubro-negro na bola parada. No fim do primeiro tempo, em um lance de impedimento, Sander ainda obrigou Alex Alves a fazer grande defesa e Toró perdeu possível grande investida ao se enrolar com a bola dentro da grande área.

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No segundo tempo, o cenário do Clássico dos Clássicos permaneceu o mesmo. O Náutico controlando as ações do jogo e levando perigo, já que o Sport apenas se defendeu e apresentou muitos problemas ofensivos. Os principais caminhos de ataque do Timbu foram pelas laterais.

E, não à toa, a equipe alvirrubro conseguiu criar duas grandes oportunidades. Hereda foi até a linha de fundo e realizou um pelo cruzamento para Kieza. O atacante cabeceou bonito e acertou o travessão de Mailson. No rebote, Jean Carlos bateu de primeira e, de novo, Maidana salvou o Sport de sofrer o gol.

No último quarto do jogo, o Clássico dos Clássicos começou a ficar tenso. Qualquer erro poderia custar caro. Aos 32 minutos, o Sport pagou caro por um grande erro de Marcão. O volante errou um passe na entrada da grande área, tentando virar o jogo da esquerda para direita, e a bola foi parar nos pés de Kieza.

O artilheiro não perdoou. Dominou, arrancou e bateu forte para estufar as redes do Sport. Depois de abrir o placar, o Leão foi para o tudo ou nada com as entradas de Tréllez e Mikael. Só que o Timbu quase ampliou a vantagem. Em falta pelo lado esquerdo, Jean Carlos cobrou com categoria e acertou no travessão.

Na resposta, no abafa, o time rubro-negro tornou a grande final emocionante. Aos 41, após lançamento de Thiago Lopes, Toró apareceu livre pelo lado direita e tocou para Mikael escorar para o fundo da rede e empatar o clássico. Em um lance que talvez tenha sido o único erro de posicionamento da defesa do Náutico.

PÊNALTIS

Após um fim de jogo eletrizante, a 19ª final de Pernambucano entre Náutico e Sport foi para os pênaltis. E deu Náutico em uma decisão polêmica. Com o auxílio do VAR, o árbitro Rodolpgo Toski mandou voltar a cobrança perdida por Giovanny, que tinha sido defendida pelo goleiro Mailson. Isso porque arqueiro rubro-negro se adiantou na cobrança. Na repetição, o atacante alvirrubro mandou nos fundo das redes.

Em seguida, Marquinhos perdeu a cobrança para o Leão e Kieza garantiu o título do Estadual para o Náutico. Jean Carlos, Vinícius, Hereda e Giovanny marcaram as outras penalidades para o Timbu. Maidana, Mikael e Tréllez converteram para o Sport.

FICHA DO JOGO - NÁUTICO 1 (5) X 1 (3) SPORT

Náutico - Alex Alves; Hereda, Camutanga (Ronaldo Alves), Wagner Leonardo e Bryan; Djavan (Matheus Trindade), Rhaldney (Marciel) e Jean Carlos; Erick (Giovanny), Vinícius e Kieza. Técnico: Hélio dos Anjos.

Sport - Mailson; Patric, Maidana, Adryelson e Sander; Marcão (Tréllez), Zé Welison (Thiago Lopes) e Júnior Tavares; Neilton (Marquinhos), Thiago Neves (Mikael) e Everaldo (Toró). Técnico: Umberto Louzer.

Local: estádio dos Aflitos, Recife-PE. Árbitro: Rodolfo Toski (PR). Assistentes: Kléber Lúcio (SC) e Guilherme Camilo (MG). Gols: Kieza aos 32 minutos e Mikael aos 41 minutos do 2º tempo. Cartões amarelos: Bryan, Rhaldney, Erick e Kieza (Náutico). Maidana, Adryelson, Tréllez e Marquinhos (Sport).

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