O jejum de gols do Santa Cruz já começa a incomodar. É bem verdade que o time Tricolor do Arruda não perdeu nos últimos compromissos - vem de cinco empates. Entretanto, por outro lado, nesses cinco jogos, o time coral marcou apenas um gol, no 1x1 com o Salgueiro, no Cornélio de Barros, na final do Estadual. Mesmo com esse retrospecto recente preocupante, a Cobra Coral ainda tem um média de gol superior a um por partida: disputou 24 jogos na temporada e balançou as redes adversárias em 26 oportunidades. Algo que, momentaneamente, tranquiliza o técnico Itamar Schulle, mas que tem consciência que os jogadores precisam recalibrar a pontaria.
"Não temos feito muitos gols e os números mostram isso. Mas, mesmo assim, temos média de mais de um gol por jogo. Ao longo do ano, se somar todos os jogos, ainda temos um percentual de mais de um gol por partida. Isso é o suficiente, às vezes, para ganhar os jogos. Claro que precisamos evoluir. E como evoluir? Com treinamento. Não tem como inventar algo mágico no futebol. O que existe é treinamento, repetição, chute, finalização de direita, de esquerda, cruzamentos, cabeceio... Tudo isso se treina, se explica, orienta e faz. Ao treinados cabe fazer os treinos, motivar, dar confiança e ter bom ambiente de trabalho. O resto é buscar crescer", explicou o técnico tricolor.
Ao longo da atual temporada, nos 26 jogos disputados, o time do Santa Cruz não marcou gols em dez partidas, sendo sete empates em 0x0 e três derrotas que não conseguiu balançar as redes adversárias: CRB (1x0), Fortaleza (3x0) e Sport (1x0), todas partidas pela Copa do Nordeste.
No empate com o Paysandu, Schulle fez questão de enfatizar os desfalques que teve (Fabiano, Didira, André, Paulinho e Victor Rangel), algo que ele já deve contar com o elenco reforçado diante do Treze-PB, no dia 18, pela segunda rodada da Terceira Divisão. "Não tive atletas que não puderam viajar, uns por desgaste, outros por lesão, outros por problemas particulares. Temos de cuidar disso. Nosso grupo é muito bom, de caráter, mas é pequeno e recheado de jogadores novos. O Santa Cruz precisa de reforços pontuais, jogadores com experiência para que nessas três, quatro chances que tiver finalizar para o gol e sairmos com a vitória. Vou continuar treinando, mas na hora de finalizar não depende de mim e sim da qualidade do atleta, da calma na hora de chutar... E tudo isso passamos para eles. Mas precismos de reforços pontuais para ajudar esse excelente grupo, até mesmo para termos reposição e quando trocar manter a qualidade e o time não cair de rendimento", destacou Itamar.
CONTRATAÇÃO
Umas das principais queixas do comandante coral é justamente a falta de peças de reposição e, por vezes, sendo obrigado a improvisar jogadores fora de sua posição de origem, como foi no caso do zagueiro Célio Santos, que atuou diante do Paysandu na lateral esquerda. "Temos de ter atletas da função para não termos de improvisar. A diretoria está lutando, sei dos problemas que o clube passa, o futebol inteiro passa na verdade. Toda diretoria tem o nosso apoio e sabemos da luta de Fred (Dias, diretor de futebol), do senhor Tonico (Araújo, vice-presidente), de Tininho (Constantino Júnior, presidente do clube) e do Nei (Pandolfo, executivo de futebol), mas precisamos realmente de trazer essas peças pontuais para ajudar o nosso grupo", enfatizou.
A expectativa é que a direção coral contrate, ao menos, mais cinco jogadores: um ou dois laterais esquerdos (a depender do futuro de Fabiano, se vai ou não para o Operário-PR), um meia armador, além de mais dois atacantes de velocidade e que atuem pelos lados do campo. Um dos nomes cogitados e que deve acertar com o Tricolor ainda nessa semana é o de Negueba, que pertence ao Globo-RN. O empresário do atleta já confirmou a negociação e vê com bons olhos o atacante vestir a camisa pesada do Santa Cruz.
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