Sempre quando questionado pela imprensa a respeito de já ter encontrado a formação ideal do Santa Cruz para a disputa do quadrangular final da Série C, o técnico Marcelo Martelotte desconversa e diz que não busca firmar esses 11 atletas para iniciar a segunda fase da competição que vale o acesso à Série B. Entretanto, analisando as escalações do Tricolor do Arruda sob o comando do treinador nessa Terceirona, é possível observar que são poucas as disputas em aberto.
De acordo com a avaliação da reportagem do JC, apenas três vagas estão em disputa no time titular. Ou seja, Martelotte ainda não definiu que é o escolhido para a posição. Uma delas é o parceiro ideal para Danny Morais. Enquanto o capitão tricolor disputou 12, das 15 rodadas nessa Série C; os seus companheiros de zaga se alternaram bastante, com Célio Santos atuando em nove jogos e William Alves em sete.
É bem verdade que William foi o zagueiro que mais atuou ao lado de Danny ao longo da temporada, mas ele acabou se lesionando na Terceirona, além de ter positivado para a covid-19 e viu Célio Santos aproveitar bem as oportunidades para atuar na sua posição de origem, já que o zagueiro por vezes teve de jogar improvisado na lateral esquerda e acabou sofrendo lesões musculares por conta do desgaste de atuar na função.
Por falar na lateral esquerda, essa é a posição que mais destoante entre os que disputam a vaga. Enquanto que Perí é mais experiente (34) e tem uma postura mais defensiva, Leonan tem mais jovialidade (25) e maior vocação ofensiva. Porém, talvez seja essa diferença no futebol de ambos que agrade Marcelo Martelotte. A prova é tanta que Perí atuou em sete partidas e Leonan em seis. E, em alguns jogos dessa Série C, o treinador coral optou por uma formação com os dois em campo. Nesse caso, com o mais experiente atuando na linha de quatro defensiva e o lateral mais jovem com mais liberdade para subir ao ataque.
No meio de campo do Santa Cruz também existe essa diferenciação de característica e de idade. Se com o ex-técnico Itamar Schulle, o garoto André (20) tinha a preferência entre os titulares; com a chegada de Marcelo Martelotte, o experiente Bileu (31) passou a figurar novamente na equipe principal. Mesmo o prata da casa tendo maior qualidade técnica para sair jogando, o atual comandante tricolor vem optando pela força na marcação e a experiência do cabeça de área com quem trabalhou no próprio clube, em 2015.
Já no setor ofensivo da equipe, ao que parece, não há dúvida na cabeça de Martelotte. Afinal, desde a sua chegada ao clube, o ataque coral voltou a marcar e o time deslanchou como o que mais marcou gols na competição - são 28 gols, sendo 21 deles nos dez jogos do Santa Cruz sob o comando do atual treinador.
Com isso, a escalação do time ideal teria: Maycon Cleiton; Toty, Danny Morais, William Alves (Célio Santos) e Perí (Leonan); Bileu (André), Paulinho e Didira; Chiquinho, Lourenço e Pipico.
RETORNO
Para a partida contra o Manaus, no próximo sábado (21), às 19h, no estádio do Arruda, sete jogadores voltam a ficar à disposição de Martelotte: os zagueiros Danny Morais, William Alves e Denilson; o lateral-direito Toty; o volante Paulinho; e o centroavante Pipico - todos liberados após o período de isolamento por conta da covid-19 -, além do lateral-esquerdo Perí, que cumpriu suspensão diante do Remo.
Só quem segue de fora, respeitando a quarentena, é o meio-campista Chiquinho. O jogador será testado para a covid-19 novamente durante a semana para saber se já tem os anticorpos e se terá condições de ser liberado para o jogo do final de semana.
Comentários