O volante Jean Patrick desabou sobre a situação financeira do Sport no começo desta temporada. Em entrevista exclusiva ao Jornal do Commercio e Blog do Torcedor, ele admitiu que colocou o Leão na Justiça cobrando os débitos e solicitando a rescisão do contrato que vai até o fim deste ano. Além disso, destacou que não foi pago o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e apenas o mês de janeiro foi pago da maneira correta. O jogador ainda lamentou a atual realidade clube.
"Tem o FGTS que não foi pago e nem minha gasolina pagaram quando fui para Recife. Decidir colocar na Justiça. Só recebi certo mesmo o mês de janeiro. Uma instituição tão grande como é o Sport não merecia passar por isso. O grupo de jogadores que foi formada, de caráter, também não merecia. Eu sei que a torcida fica chateada, mas eu tenho família, não tenho culpa de nada. A gente trabalha e precisa receber", afirmou o volante.
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Jean Patrick se mostrou irredutível quanto a permanência na Ilha do Retiro. Ele disse que não tem condições de continuar defendendo a camisa rubro-negro no atual cenário. "Eu pretendo sair do Sport. Não trabalho desse jeito. Praticamente o cara pagando para trabalhar. Às vezes, Jean Patrick é chato, porque se expõe, mas tem muita coisa errada", comentou.
Questionado sobre os salários que estavam atrasados, o volante frisou desde o segundo mês da temporada os problemas de pagamento começaram. Como também desde que chegou no início de 2020 não teve a carteira de trabalho assinada. Jean Patrick disputou seis jogos e balançou a rede uma vez. Com o atual técnico Daniel Paulista, não entrou em campo. "Pagaram pouca parte de fevereiro, tem março, abril e já entramos em maio. Nem a minha carteira de trabalho assinaram", pontuou.
Sport
Procurado pela reportagem do JC e Blog do Torcedor, o vice-presidente jurídico Manoel Veloso admitiu os vencimentos atrasados com o volante Jean Patrick. Ele contou que não sabe precisamente o que existe em aberto com o jogador e explicou que as questões de FGTS e carteira de trabalho são responsabilidades do setor de recursos humanos do Sport. Questionado sobre o desejo do atleta de deixar o clube, o diretor garantiu que o Leão não irá colocar empecilhos na liberação e vai buscar buscar um denominador comum para pagar os valores em aberto.
“Se o jogador está insatisfeito com clube, não vamos atrapalhar a vida dele. Ainda não fomos notificados da ação, mas liberamos tranquilamente e vamos conversar para tentar chegar a um parcelamento sobre os atrasados. Nunca negamos que a situação não está fácil e os salários estão atrasados. Ano passado a situação foi muito difícil também. Quem não quiser abraçar o clube nesse processo de reconstrução, tudo bem, entendemos. A situação seria um pouco melhor nesse ano na Série A, mas com a pandemia apertou tudo”, declarou o dirigente rubro-negro.
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