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Sport tem ajuda de aplicativo para monitorar atletas durante pandemia

O fisiologista do Sport também falou sobre lesões no retorno do futebol e comparou com o futebol Alemão "somos mais cuidadosos"

Pedro Alves
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Pedro Alves
Publicado em 20/05/2020 às 12:04 | Atualizado em 20/05/2020 às 12:04
ANDERSON STEVENS/SPORT
Futebol em Pernambuco voltará no dia 15 de junho - FOTO: ANDERSON STEVENS/SPORT

O Sport segue seu planejamento de atividades físicas a distância. Após 20 dias do encerramento do período de férias, os treinos foram aprimorados para um melhor acompanhamento dos atletas, como detalhou o fisiologista do Sport, Inaldo Freire, em entrevista para Ralph de Carvalho, da Rádio Jornal. 

“Após as férias, as atividades se tornaram obrigatórias. Nós acompanhamos através de vídeos. Mas acho que o grande diferencial hoje, no nosso caso, é que a gente incluiu a inteligência artificial ao nosso favor. Um aplicativo que foi baixado nos celulares tantos dos atletas como nosso. Eles nos informam nesse aplicativo como ele acordou, se tá cansado e, depois do treino, informam o desgaste e a gente planeja o intensidade dos treinos de cada atleta”, afirmou.

OUÇA A ENTREVISTA NA ÍNTEGRA:

“A gente tem feito um controle semanal do peso de cada atleta. O aplicativo também dispara um questionário que traz um perfil do humor do atleta e eu comparo toda semana essa evolução. A inteligência artificial veio para ficar e ela tem nos ajudado muito”, detalhou Inaldo.

Precauções contra lesões

Aos poucos o futebol pelo mundo está retornando. Mas pelo andar da carruagem, o Brasil está muito longe de se quer voltar às atividades físicas em âmbito nacional. Porém, pensando em um possível retorno dos trabalhos presenciais, os preparadores já intensificaram o nível de preparação dos atletas, que ajuda na precaução contra lesões quando os campeonatos retornarem.

Na Alemanha, oito jogadores se queixaram de lesão na primeira rodada após o retorno da Bundesliga. Uma média de quase 0.9 por jogo. Segundo o fisiologista do Sport, a comparação não é compatível com a realidade dos clubes e que as equipes com um menor poderio e investimento financeiro tem uma precaução ainda maior pelos seus atletas.

“A gente vê notícia na internet que oito jogadores sentiram lesões no campeonato alemão. Às vezes toma uma dimensão muito grande e muita gente fica assustada. O início dessa competição sempre foi com muita lesão historicamente. A Fifa avalia que uma média de lesão aceitável é de três a cada mil horas de treino. O Alemão sempre bateu essa média. Aqui no Sport sempre estamos em 1.02 e 1.04 de média. Equipes como o Borussia tem um poder financeiro muito alto. A qualidade é muito grande. E numa reposição eles sempre mantém alta intensidade. Nós temos um nível financeiro muito menor e a gente é muito mais cuidadoso. Eu tenho certeza que o número de lesão da gente será muito menor”, completou.

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