Reforço de peso

Confira os altos e baixos da carreira de Thiago Neves, novo contratado do Sport

Contrato do experiente meia de 35 anos com o Leão é até o fim do Brasileirão

Lucas Holanda Davi Saboya
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Lucas Holanda
Davi Saboya
Publicado em 17/09/2020 às 17:57 | Atualizado em 17/09/2020 às 22:48
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Thiago Neves deixou o Grêmio recentemente após fraco desempenho - FOTO: Divulgação

O experiente meia Thiago Neves, de 35 anos, envolvido em recentes polêmicas no Cruzeiro, Grêmio e Atlético-MG (onde foi anunciado, mas a torcida fez pressão para anular a contratação), é o mais novo contratado do Sport. O Rubro-negro anunciou o acerto, na tarde desta quinta-feira (17), por meio das redes sociais. Os torcedores leoninos, claro, foram ao delírio. Mais cedo, o Jornal do Commercio e o Blog do Torcedor tinham, antecipado que a negociação estava próxima de um final feliz. Na publicação, o clube rubro-negro sinalizou que o atleta deve vestir a camisa 30. O contrato do jogador com a equipe pernambucana é até o fim do Brasileirão.

O que transforma a luta em conquistas é a garra de um grupo. Temos mais um reforço no time para caminhar junto conosco. Thiago Neves é do Leão! Seja muito bem-vindo! #TN30 #ÉDoLeão pic.twitter.com/5y8VUMb2tv

Ao longo de sua carreira, o jogador foi protagonista em grandes equipes do país, como Fluminense, Flamengo e Cruzeiro. No entanto, saiu em baixa do clube mineiro após alguns problemas com atrasos salariais. Em seguida, foi para o Grêmio. Porém, mesmo com o aval de Renato Gaúcho e tendo oportunidades, ele não conseguiu render e, por conta disso, acabou saindo do clube.

Depois de sair do clube gaúcho, quase foi para o Atlético-MG, mas a reação negativa da torcida inviabilizou a contratação, já que ele provocou bastante os mineiros enquanto era jogador do Cruzeiro. Mas há também o lado do copo cheio, com direito a muitos títulos, prêmios individuais e golaços de fora de área, sua especialidade. Pelo Fluminense, por exemplo, Thiago Neves ostenta os títulos da Copa do Brasil 2007 e do Campeonato Brasileiro 2012. Na Raposa, ele detém mais duas Copas do Brasil (2017 e 2018); além de outras dezenas de títulos estaduais ao longo de sua carreira.

Relembre a carreira dele e o desempenho nos clubes

PARANÁ

Thiago Neves foi revelado pelo Paraná em 2004, mas em 2005 que começou a atuar com frequência no time de cima. Foi um dos destaques do time na Série A daquele ano, com o time surpreendendo no torneio. No entanto, teve algumas polêmicas extracampo e saiu para o Vegalta Sendai, time que era comandado por Joel Santana.

FLUMINENSE EM 2007, 2008 e 2009

Thiago Neves chegou ao Fluminense em 2007, com status de peça de reposição. No entanto, foi se destacando ao entrar bem nos jogos da campanha que deu ao Tricolor o título da Copa do Brasil daquele ano. Na Série A, virou titular depois que Carlos Alberto deixou o clube e foi para o Werder Bremen, da Alemanha. No decorrer da primeira divisão de 2007, se envolveu em algumas polêmicas e até foi afastado por Renato Gaúcho. Porém, renovou o contrato depois e terminou a temporada recebendo o prêmio bola de ouro da Revista Placar, como melhor jogador do torneio.

Em 2008, já com status de protagonista, foi peça fundamental para o Fluminense chegar na final da Conmebol Libertadores daquele ano. Na decisão, inclusive, marcou os três gols da vitória tricolor diante da LDU, fazendo com que o título fosse decidido nos pênaltis. Nas penalidades, o Flu ficou com o vice, e Thiago Neves perdeu um dos pênaltis. No meio de 2008, foi vendido para o Hamburgo, da Alemanha. No entanto, não jogou muito e foi negociado com o Al Hilal, da Arábia Saudita, que emprestou o jogador para o Fluminense por cinco meses, em 2009. Sem o mesmo brilho do ano anterior, atuou na Copa do Brasil e Campeonato Carioca, antes de voltar para o clube saudita, e que defendeu até 2011.

FLAMENGO

Após o tempo na Arábia, o jogador retornou ao Brasil e ao Rio de Janeiro. No entanto, não foi para o Fluminense mas sim para um rival: o Flamengo. Foi campeão carioca com o Rubro-Negro e, além disso, o craque da competição. No Campeonato Brasileiro, foi um dos destaques do time ao lado de Ronaldinho Gaúcho, sendo decisivo para o Flamengo conquistar uma vaga na Libertadores de 2012.

RETORNO AO FLUMINENSE

No ano seguinte, no entanto, não ficou no Flamengo e acertou a ida para o Fluminense. E a sua última passagem pelo tricolor carioca foi feliz. Ao lado de nomes como Fred e Deco, foi peça fundamental para o clube conquistar o Campeonato Brasileiro daquele ano. Em 2013, no entanto, saiu mais uma vez do tricolor carioca: acertou a ida para o Al Hilal, onde permaneceu até 2015, tendo um bom desempenho. Em 2015, se transferiu para o Al Jazira, e ficou lá até 2017.

CRUZEIRO

Após passagens fora do Brasil, voltou ao país. Diferentemente de outras vezes, o destino não foi o Rio de Janeiro, mas sim Belo Horizonte, para assinar com o Cruzeiro. E foi muito bem em 2017 e 2018, sendo peça decisiva para o time conquistar o bicampeonato da Copa do Brasil. No entanto, em 2019, começou o ano em baixa e terminou do mesmo jeito, com um outro lampejo. Além do baixo rendimento técnico, Thiago Neves também se envolveu em polêmicas, rotulado como um dos responsáveis pela queda do técnico Rogério Ceni e, além disso, pelo rebaixamento do clube mineiro.

Um dos episódios mais marcantes de Thiago Neves no Cruzeiro em 2019 foi quando ele perdeu um pênalti contra o CSA e, logo em seguida, um áudio foi vazado com ele cobrando salários atrasados do time mineiro: 'Fala, Zezé. Bom dia, cara', iniciava a mensagem, que circulou pelo Brasil na época. No fim do ano, com o Cruzeiro rebaixado à Série B, conseguiu rescindir o contrato e ficar livre no mercado, por conta dos salários atrasados.

GRÊMIO

Depois do Cruzeiro, Thiago Neves fechou com o Grêmio, com o aval do técnico Renato Gaúcho. No entanto, não conseguiu render o esperado e teve o contrato rescindido.

SELEÇÃO BRASILEIRA

Além desses clubes, o jogador também tem passagens pela Seleção Brasileira. Com a amarelinha, foi convocado para amistosos e as Olimpíadas de Pequim, em 2008. Foi expulso no jogo em que o Brasil foi eliminado pela Argentina, inclusive. Depois, sob o comando de Mano Menezes e Felipão, voltou à equipe para amistosos e também o Super Clássico das Américas, diante da Argentina.

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