Última final vencida pelo Sport nos Aflitos quebrou um jejum e consagrou o 'super time da Ilha'; relembre
Na ocasião, Sport bateu o Náutico por 1x0 e sagrou-se campeão pernambucano após mais de 12 anos de jejum
Caso seja campeão pernambucano contra o Náutico, Sport voltará a vencer uma final dentro dos Aflitos. A última foi em 1975, quando na época o Rubro-Negro bateu o Alvirrubro por 1x0, sagrou-se campeão e quebrou um jejum de mais de 12 anos sem ganhar um campeonato. Agora, quase 46 anos depois, o Leão tem outra oportunidade de conquistar o Estadual dentro do Eládio de Barros Carvalho. Se for campeão, aliás, será a sexta final vencida pelo Rubro-Negro dentro do estádio.
É importante ressaltar, aliás, que o Sport não disputava o jogo decisivo do campeonato nos Aflitos desde 1975. Houve várias finais entre Náutico e o Rubro-Negro nesses quase 46 anos, mas nenhuma tinha sido com o duelo final dentro do Eládio. Além disso, vale lembrar que o Sport até foi campeão pernambucano no estádio em 2009. O campeonato daquele ano, no entanto, não teve decisão, uma vez que o Rubro-Negro venceu o primeiro turno e sagrou-se vencedor do torneio de forma antecipada após empatar com o Náutico por 0x0 nos Aflitos e conquistar o segundo turno.
A primeira conquista do Sport dentro dos Aflitos foi em 1917, quando na época o Rubro-Negro bateu o Santa Cruz. Em seguida, em 1946, o Rubro-Negro voltou a ser campeão no Eládio e novamente diante do Tricolor do Arruda, cenário esse que se repetiu em 1953, com outra taça leonina ante a Cobra Coral. Em 1955, no entanto, o primeiro título vencido pelo Sport contra o Náutico e nos Aflitos. Depois disso, o Rubro-Negro só voltou a levantar outro troféu em 1975, quando bateu o Timbu e quebrou um jejum de mais de 12 anos sem título.
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CONQUISTA DE 1975 CONSAGROU O 'SUPER TIME DA ILHA'
O Sport chegou em 1975 podendo completar 13 anos sem título. As piadas com o jejum do Rubro-Negro eram constantes, pois na época ninguém do Trio de Ferro havia passado tanto tempo sem conquistar uma taça. Mas o Sport estava disposto a fazer diferente naquele ano. E a mudança começou nas eleições de 1974, com Jarbas Guimarães sendo eleito presidente e com um slogan para lá de ousado: Sport 1975 - vinte vezes campeão.
Mas para cumprir a promessa de campanha era necessário investir. O Sport fracassava dentro do Estadual há mais de uma década e precisava superar Náutico e Santa Cruz, ambos com bons times. E foi aí que o presidente leonino começou a marcar seu nome na história. Fazendo um mercado forte, o Rubro-Negro trouxe nomes consagrados do futebol brasileiro, como por exemplo o atacante Dadá Maravilha, que veio para o Sport sem nem saber quanto ganharia.
Mas aquele time do Rubro-Negro não tinha apenas Dadá como referência. Era a 'Seleção do Nordeste', apelido no qual foi batizado, por contar com nomes como Luciano Veloso, Assis Paraíba, Miltão, Tobías, Pedro Basílio e, claro, um excelente treinador: Duque, multicampeão anos antes por Náutico e Santa Cruz.Mas nem tudo foram flores. Na época, o Campeonato Pernambucano era composto por três turnos. E o Náutico venceu o primeiro daquele ano, tendo 25 pontos contra 24 do Sport. Foi um baque para o Sport, mas o elenco leonino superou vencendo o segundo e terceiro turno.
Com isso, decisão entre Náutico e Sport nos Aflitos. O Alvirrubro precisava vencer para forçar uma melhor de três confrontos e decidir o campeonato. Já o Rubro-Negro precisava apenas de um empate para sagrar-se campeão. Fez mais do que isso. Com gol do meio-campista Assís Paraíba, o Sport bateu o Timbu por 1x0 e foi campeão estadual com uma campanha irretocável: 33 jogos, 25 vitórias, sete empates e apenas uma derrota.
E não foi um simples título, mas sim uma conquista que consagrou o 'super time da Ilha', que é lembrado e exaltado pelos rubro-negros até hoje. Essa taça, inclusive, fez a banda Quinteto Violado criar uma canção para aquele elenco, narrando a história dos principais atletas e a vinda dos atletas para o Recife. A música tem o nome de 'super time da Ilha'.
Aquele time tinha a seguine escalação: Tobías; Marcos, Pedro Basílio, Alberto e Cláudio Mineiro; Luciano Veloso, Assis Paraíba, Garcia e Perez; Miltão e Dadá Maravilha. Técnico: Duque