É VINHO?

Qual a diferença entre champanhe e espumante? Pegue sua taça e entenda

Nesta época do ano, as bebidas são muito procuradas para serem estouradas à meia-noite, comemorando a chegada de um novo ano

JC
Cadastrado por
JC
Publicado em 31/12/2020 às 15:42 | Atualizado em 31/12/2020 às 15:45
Foto: Sérgio Bernardo/JC Imagem
Todos os vinhos de Champanhe são espumantes, mas nem todo espumante é um champanhe. - FOTO: Foto: Sérgio Bernardo/JC Imagem

Com informações da Rádio Jornal 

É champanhe ou espumante? Ou será que é vinho? Mas não são todos a mesma coisa? Quando chega o réveillon, a procura pelas bebidas para estourar à meia-noite, comemorando a chegada de um novo ano, aumenta e questionamentos como estes, eventualmente, entram nas rodas de conversa. As respostas? Na verdade, champanhe e espumante são, sim, basicamente a mesma coisa. Ambos são vinhos brancos ou rosé, mas espumantes, ou seja, que borbulham. 

>> Veja quais foram as receitas mais pesquisadas pelos brasileiros no Google em 2020

>> O que cada cor representa na virada do ano?

A diferença está na origem e, consequentemente, nomenclatura. O verdadeiro e tradicional champanhe é originário apenas da região da Champanhe, a 150 km de Paris, capital da França, e produzido com fermento de uva da região da Champanhe. 

Sendo assim, todos os vinhos de Champanhe são espumantes, mas nem todo espumante é um champanhe. 

O vinho tem mais de oito mil anos história, enquanto o vinho espumante, champanhe, só surgiu há cerca de 300 anos - até porque, nesta época, bebidas com bolhas eram vistas como algo ruim. 

O vinho produzido na região de Champanhe

Historiadores descrevem que o vinho produzido nesta região, muitas vezes apresentava uma efervescência natural e, devido a isso, as garrafas estouravam, causando prejuízo. A gaseificação natural que fazia as garrafas estouraram ocorria por causa da colheita antecipada da uva na região. Com o vinho engarrafado antes da fermentação total, acabavam estourando.  

Dom Pérignon e Veuve Clicquot 

Monge religioso e responsável pelas adegas da abadia na diocese da França, foi Dom Pérignon quem descobriu a champanhe. Ele ficou curioso com a afirmação dos vinicultores de que certos tipos de vinhos fermentavam novamente depois de engarrafados. 

Então, Dom Pérignon experimentou garrafas mais fortes e utilizou rolhas amarradas com arame, conseguindo obter a segunda fermentação dentro da própria garrafa. 

Aprimorando o champanhe 

Apesar de encontrar uma saída para o problema das garrafas, o monge ainda tinha outra situação para resolver. Os resíduos da segunda fermentação, que acontecia depois da bebida já engarrafada, ficavam dentro do recipiente, dando à bebia uma aparência feia, de um líquido turvo e não límpido. 

É neste ponto da história que entra uma mulher chamada Veuve Clicquot. Aprimorando a bebida, ela criou os processos de girar as garradas e degolá-las, fazendo com que os resíduos se descolassem do corpo do recipiente até ficaram acumulados no gargalo. 

E foi assim que Dom Pérignon e Veuve Clicquot se tornaram marcas tradicionais de champanhe. 

Como escolher seu champanhe ou espumante? 

Primeiro, observe a quantidade de açúcar presente na bebida, informação facilmente encontrada no título do produto. A quantidade de açúcar por litro costuma variar entre menos de três grama por litro a 50 gramas por litro. 

Em segundo lugar, é interessante levar em conta a harmonização. O que será consumido acompanhando a bebida? Não é comum, por exemplo, que espumantes harmonizem com alimentos com muita potência no paladar como carnes vermelhas. Entretanto, são ótimas combinações para peixes ou carnes brancas, com sabor mais leve. 

Comentários

Últimas notícias