PRESIDÊNCIA

Militares que toparam estar com Bolsonaro querem dança sem pisão no pé?

Estresse provocado pela nota das Forças Armadas rebatendo Omar Aziz pode ser resumido em expressão popular dita à Coluna por um sábio do STF com trânsito nos mundos político e jurídico: quem participa do bailão não pode reclamar de pisão no pé

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Alberto Bombig

Publicado em 09/07/2021 às 7:00 | Atualizado em 09/07/2021 às 13:45
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O estresse provocado pela nota das Forças Armadas rebatendo Omar Aziz pode ser resumido em expressão popular dita à Coluna por um sábio do STF com trânsito nos mundos político e jurídico: quem participa do bailão não pode reclamar de pisão no pé. Ou seja, os militares topam se embrenhar na administração pelas mãos de Jair Bolsonaro e, portanto, devem deixar de lado melindres e ilusões de que são intocáveis. Em linhas gerais, a reação militar às críticas de Aziz uniu políticos e ministros da Corte de diferentes grupos pela democracia.

Leitura

O que motivou a cúpula militar a soltar a nota atacando Aziz (PSD-AM) foi ele ter falado em lado podre das Forças Armadas. Mesmo que o senador tenha deixado claro não se tratar do conjunto, os comandantes entenderam ser uma generalização absurda.

Leitura 2

Se ele tivesse falado nominalmente de Eduardo Pazuello ou de Elcio Franco, exemplificou um interlocutor de Braga Netto, não teria havido problema. Aziz trouxe para o rolo até a Marinha, até agora distante de denúncias.

Zum, zum...

Quem esteve com Braga Netto diz que ele estava cuspindo marimbondos. O perfil do ministro da Defesa é muito diferente do de seu antecessor, Fernando Azevedo e Silva, demitido por não sair em defesa de Jair Bolsonaro.

...zum

Ainda na noite de quarta-feira, 7, Braga Netto fez esses marimbondos chegarem até Rodrigo Pacheco (DEM-MG). Mas, na ligação do dia seguinte, agradeceu as declarações públicas "ponderadas" do presidente do Senado, porém, muito criticadas pelos pares dele.

Poxa

Como se sabe, as Forças Armadas são um bloco monolítico e a declaração não agradou a todos. Militares da reserva que já ocuparam altos cargos acharam a nota fora de tom, só de interesse do presidente. O texto acabou por arrastar as Forças até a CPI...

Parou

O Diretório Nacional do PT, em nota, disse que "não cabe aos comandantes nem ao ministro da Defesa atuar como se fossem um partido político".

Sentiu, Galvão

A mea-culpa do governo a respeito de Roberto Dias: o ministro Onyx Lorenzoni disse a interlocutores que o governo não deveria ter demitido o servidor assim que saiu a notícia do suposto pedido de propina. Passou recibo.

Tesoura

Com cortes em contratos e em outros setores, como nos mais de 40 guardas municipais que trabalhavam na Câmara Municipal de São Paulo, o presidente da Casa, Milton Leite (DEM), espera que o Legislativo paulistano economize mais de R$ 100 milhões até o fim deste ano.

Touché

João Doria e Eduardo Paes estão se divertindo com o duelo nas redes sociais em torno de quem vacina sua população mais rapidamente. No fim de semana passado, o prefeito do Rio usou a "competição" para estimular os cariocas a se vacinar.

Touché 2

Doria não fica atrás. "Competição pela vida. Todos vencem. Mas São Paulo está acelerando mais. Bora acelerar, Eduardo?!", provocou Doria à Coluna.

(Com Marianna Holanda. Colaborou Vera Rosa)

PRONTO, FALEI!

Gilmar Mendes - Ministro do STF e ex-presidente do TSE

"A prova inequívoca de que não houve fraude foi a eleição de Jair Bolsonaro, ele não era o candidato do establishment", em entrevista a José Luiz Datena.

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