COLUNA DO ESTADÃO

Carlos Viana não decola e aliados de Bolsonaro temem falta de palanque em Minas Gerais

Aliados de Jair Bolsonaro estão preocupados com a campanha do presidente no segundo maior colégio eleitoral do País

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Mariana Carneiro

Publicado em 30/04/2022 às 7:00
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Aliados de Jair Bolsonaro estão preocupados com a campanha do presidente no segundo maior colégio eleitoral do País, Minas Gerais. Há muita descrença sobre a real capacidade de Carlos Viana (PL) tomar votos de Romeu Zema (Novo) a ponto de se tornar um candidato competitivo. Bolsonaro decidiu lançá-lo como resposta à hesitação de Zema em apoiá-lo no Estado Mas até agora quem está ganhando com isso é Alexandre Kalil (PSD), que já ofereceu palanque a Luiz Inácio Lula da Silva. Esse grupo de bolsonaristas, que reúne também políticos do PL, insiste na aliança com Zema e vai usar como argumento as pesquisas de intenção de voto que vão sair ao longo do próximo mês.

LIÇÃO

Desde a redemocratização, o presidenciável que vence em Minas leva também a eleição nacional. Os analistas políticos costumam lembrar 2014, quando até o mineiro Aécio Neves (PSDB) perdeu para Dilma Rousseff (PT) no Estado.

NEM VEM

No Partido Novo, por sua vez, aliados de Zema dizem que apenas uma mudança brusca nas pesquisas, mostrando forte crescimento do presidente, poderia abrir uma janela para a conciliação.

CADÊ?

Bolsonaro pode ficar sem palanque também no Maranhão. O deputado Josimar Maranhãozinho (PL), que representaria o presidente na eleição local, vem dizendo a colegas que considera apoiar Carlos Brandão (PSDB), nome de Flávio Dino (PSB). Se as tratativas prosperarem, ele tentará se reeleger para a Câmara, junto com a mulher, que também será candidata.

TELHADO

Empresários que estiveram no jantar promovido pelo grupo Esfera Brasil com o presidente do BNDES, Gustavo Montezano, na última quarta-feira, 27, em São Paulo, saíram convencidos de que o executivo do banco não crê que a privatização da Eletrobras saia antes do início oficial da campanha eleitoral, em agosto.

IDEAL

O governo de Jair Bolsonaro deseja que a venda da estatal ocorra até julho, para atrair investidores antes das férias no Hemisfério Norte e evitar que o assunto seja contaminado pelos temas da política com a proximidade das disputas de outubro.

QUANTO?

Apesar de toda a discussão no Tribunal de Contas da União (TCU) girar em torno do valor de venda da companhia, Montezano disse acreditar que é o mercado, via cotação na Bolsa, quem vai dar o preço da privatização.

ESQUENTA

O PTB de Daniel Silveira já se prepara para uma possível judicialização da candidatura do parlamentar, que quer tentar ser senador pelo Rio de Janeiro.

FERVE

"Vamos registrar a candidatura e fazer a discussão chegar ao colegiado do TRE-RJ. Concedido, o indulto se estende também às penas acessórias, como multas e a inelegibilidade", diz o advogado Luiz Gustavo da Cunha. O entendimento do STF é diferente.

* COM CAMILA TURTELLI, MATHEUS LARA E GUSTAVO CÔRTES

PRONTO, FALEI!

Capitão Augusto

Deputado federal (PL-SP)

"Se (o indulto) vale para o mais grave, que é a pena de restrição de liberdade, tem que valer também para o menos (inelegibilidade)", sobre o caso Daniel Silveira.

 

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