Bolsonaristas preparam "vacina" contra corrupção
Projeto que Tarcísio de Freitas (Republicanos) patrocinou no Ministério da Infraestrutura deve ser usado como trunfo eleitoral na campanha dele, que é pré-candidato ao governo paulista
Aliados de Tarcísio de Freitas (Republicanos) querem usar um projeto que ele patrocinou no Ministério da Infraestrutura como um trunfo eleitoral na campanha do agora pré-candidato do presidente Jair Bolsonaro ao governo paulista. Durante a passagem dele pelo ministério, a pasta identificou e encaminhou a órgãos de controle e autoridades policiais quase 300 denúncias de irregularidades e suspeitas de fraudes desde 2019. Elas suscitaram quatro operações da Polícia Federal, em 2020 e 2021. A estratégia é uma vacina contra questionamentos de casos de corrupção no governo Bolsonaro. Ao menos em sua "casa", argumentam aliados de Tarcísio, pode-se defender a ordem.
Faro fino
O projeto foi batizado de "Radar Anticorrupção" e ficou a cargo da delegada federal Fernanda Costa de
Oliveira. As operações da PF investigaram denúncias de fraudes em licitações da Infraero em governos do PT e acusações de corrupção passiva e sonegação fiscal de servidores.
Não rolou
A delegada até tentou replicar o projeto nos ministérios da Saúde, Educação, Casa Civil, Minas e
Energia, Defesa e Desenvolvimento Regional. Não houve interesse nas outras pastas.
Mudo
O líder do PT na Câmara, Reginaldo Lopes (MG), não prestou informações ao STF sobre o uso do orçamento secreto. Ele enviou R$ 1 milhão para a Codevasf, controlada pelo Centrão, comprar máquinas para cidades mineiras em 2020. "O STF fez um questionamento ao presidente do Congresso. Cabe a ele emitir uma resposta", justificou.
Dono
Mauro O'de Almeida, secretário de Meio Ambiente do Pará, onde diz que 70% das áreas desmatadas são de competência federal, critica a falta de ação da União no combate ao desflorestamento. O Estado
registrou aumento de 34% em relação a abril de 2021. Tocantins (170%) e Acre (122%) tiveram os maiores índices.
Recuperado
Petistas preveem para hoje a volta de Geraldo Alckmin às atividades de campanha, após a semana de
isolamento por covid-19. Ele deve se juntar a Lula em viagens e cumprir agendas individuais.
Domicílio
O secretário de comunicação do PT, Jilmar Tatto, quer explorar o histórico de Alckmin para ajudar
Fernando Haddad no interior de São Paulo, reduto antipetista e onde Alckmin sempre foi popular. "Somos
muitos fracos nesta região. Precisamos crescer lá."
Na corrida
Entre as apostas da comunidade LGBTQIA , estão Mariana Valentim (Cidadania) e Juan Savedra (Novo), que disputarão vagas na Câmara. Marta foi escolhida pelo histórico de apoio às causas.
Madrinha
Em São Paulo, lideranças LGBTQIA de diferentes partidos buscaram o apoio de Marta Suplicy para as
eleições. A mediação foi da Aliança Nacional LGBTI, que apresentou pré-candidatos ligados ao
RenovaBR e ao Livres.
Pronto, falei
"O TSE agiu de forma acanhada e meramente reativa às fake news em 2018. Esperamos que neste ano a corte cumpra seu papel e dê uma resposta à altura", disse Marco Aurélio Carvalho, coordenador do Prerrogativas.