COLUNA DO ESTADÃO

Senador quer que governo encontre quase R$ 40 bilhões para emendas em 2023

Relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2023, o senador Marcos do Val (Podemos-ES) quer que o Ministério da Economia encontre, de largada, os cerca de R$ 40 bilhões que deverão ser gastos no ano que vem em emendas parlamentares

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Mariana Carneiro

Publicado em 29/06/2022 às 7:00
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Relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2023, o senador Marcos do Val (Podemos-ES) quer que o Ministério da Economia encontre, de largada, os cerca de R$ 40 bilhões que deverão ser gastos no ano que vem em emendas parlamentares. Não foi assim nos últimos dois anos. O governo enviava a proposta sem os valores das emendas de relator, o chamado orçamento secreto, e iniciava uma longa negociação sobre onde cortar até acomodar o pedido de deputados e senadores. Do Val prevê em seu relatório que a reserva de valor tem de sair pronta da Economia, o que dá ao atual governo o ônus de escolher quais áreas ficarão sem dinheiro para cobrir despesas políticas em 2023, quando não se sabe quem estará no poder.

PAGUE

O valor diz respeito às emendas de relator, às individuais e às de bancada - todas impositivas, segundo a regra que ele quer emplacar.

AVISEI

Relator da análise das contas do governo, em pauta hoje no TCU, Aroldo Cedraz vai ressuscitar em seu voto críticas à implantação do 5G no Brasil - ele foi contra o modelo adotado pelo governo e que está atrasado. Com os prazos alongados para as empresas oferecerem o sinal, dirá ele, os indicadores internacionais do Brasil de acesso à internet vão piorar.

COSTURA

Em reunião hoje com Gilberto Kassab, o presidente do Republicanos, Marcos Pereira, tentará bater o martelo sobre o possível apoio do PSD à candidatura de Tarcísio de Freitas em São Paulo. Kassab tem dito que deseja esperar até julho para tomar uma decisão. Na esfera nacional, a expectativa é a de que o PSD siga neutro.

PALAVRA

Deltan Dallagnol apresentou ontem sua defesa ao TCU no processo em que é cobrado pela restituição de R$ 2,8 milhões para cobrir pagamentos, considerados indevidos, a membros da Lava Jato em diárias e passagens. O TCU diz que, como coordenador do grupo, Deltan autorizou pagamentos a procuradores que na prática moravam em Curitiba, mas formalmente recebiam como cedidos.

CONTA

Deltan questiona tanto o processo - como a escolha do procurador do caso - quanto o cálculo da Corte. Ele diz que o TCU não levou em conta gastos maiores que teriam sido feitos se os membros da Lava Jato, em vez de cedidos, fossem transferidos de vez para Curitiba.

CHEFIA

Ele atribui a escolha pelo modelo de força-tarefa ao procurador-geral, cargo ocupado na época por Rodrigo Janot, e sugere que houve uma seleção de acusados pelo TCU.

FERMENTO

Senadores esperam que os cálculos da PEC sob a relatoria de Fernando Bezerra (MDB-PE) contemplem, além do aumento do Auxílio Brasil e do voucher-caminhoneiro, o reajuste do piso da enfermagem. O benefício foi aprovado pelo Senado e tem como fonte os mesmos dividendos da Petrobras prometidos para a PEC.

CÉTICOS

Líderes do Centrão já começam a falar nos bastidores que o aumento do Auxílio Brasil é tardio e terá pouco impacto na ponta até a eleição.

*COM JULIA LINDNER E GUSTAVO CÔRTES

PRONTO, FALEI!

Kim Kataguiri

Deputado federal (União-SP)

"Depois de queimar a cara, Bolsonaro é pego no flagra obstruindo a Justiça. Tenho um pressentimento de que isso dará cadeia", disse, sobre áudio de Milton Ribeiro.

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