Festa das sete semanas ou festa da colheita

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Publicado em 04/06/2023 às 0:00

PASTOR IVAN ROCHA


No último domingo as igrejas cristãs históricas celebraram o “Domingo de Pentecostes”. Pentecostes era uma festa agrícola realizada 50 dias após a Páscoa (festa das sete semanas ou festa da colheita), ocasião em que a lei foi entregue ao povo no Sinai por meio de Moisés, nas tábuas de pedra!
No Novo Testamento, 50 dias após a páscoa (ressurreição de Jesus), durante a festa de Pentecostes, o Espírito Santo foi derramado nos discípulos que estavam reunidos, e a lei agora estava cravada nos seus corações de carne, por meio de Jesus. Ali deu-se início à igreja.
Estava se cumprindo o que havia profetizado o profeta Ezequiel: “E dar-vos-ei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne. E porei dentro de vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis os meus juízos, e os observeis. E habitareis na terra que eu dei a vossos pais e vós sereis o meu povo, e eu serei o vosso Deus.” (Ez 36:26-28)
Uma vez imersos no Espírito, temos ajuda divina para: (i) recebermos direção na tomada de decisões; (ii) recebermos consolo nos dias de sofrimento; (iii) recebermos capacitação extraordinária para edificar a igreja; e (iv) recebermos força na luta contra o pecado! Mas há algo muito importante, que está no centro do cristianismo e que não pode passar despercebido quando refletimos sobre pentecostes, que é o comando para o arrependimento!
Imediatamente após ser cheio do Espírito Santo, Pedro prega um sermão corajoso (Atos 2:37,38), que causou um impacto: “Ouvindo eles estas coisas, compungiu-se-lhes o coração e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, irmãos? Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo.”
O centro da pregação era a necessidade de arrependimento! Há muitas questões que são dignas de pregação, ensino e doutrina, quando falamos no Espírito Santo ou na experiência de Pentecostes. Podemos estudar os dons do Espírito (Ef. 4, 1Co. 12 e Rm. 12); o fruto do Espírito (Gl. 5); mas o foco tem que ser sempre a confissão de pecados e a transformação das vidas!
Celebrar Pentecostes é lembrar das línguas de fogo, dos sinais e prodígios que o Espírito Santo operava por meio dos apóstolos e ainda opera atualmente; mas estes sinais, milagres e experiências místicas e carismáticas não podem se sobrepor ao velho Evangelho do Arrependimento!
Há muitos cristãos animados com o poder de Deus. São os que buscam sempre os milagres, as curas e as libertações. O foco está nas mãos de Deus e como elas podem estar estendidas para os abençoar aqui na terra. Não raro esses irmãos relacionam-se com Deus de maneira superficial.
Penso que o centro de nossas atenções devem estar no coração de Jesus, sempre disposto a nos perdoar pelos nossos pecados. O Espírito Santo nos convence do pecado; nós confessamos arrependidos; e Deus é fiel e promete o perdão. Cristo é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo!
Celebremos um relacionamento íntimo e pessoal com o Espírito Santo que nos trás sempre de volta ao coração de Jesus, mesmo quando estamos entretidos com as Suas mãos. Espírito Santo, vem como em Pentecostes, e enche-nos de novo! Amém!

Ivan Rocha é pastor da Catedral da Reconciliação.

 

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