Esperança que faz sentido

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JC

Publicado em 15/10/2023 às 0:00
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REVERENDO MIGUEL COX

“Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, o qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória, segundo a eficácia do poder que ele tem de até subordinar a si todas as coisas”. Filipenses 3:20,21

Sem o céu a nossa vida aqui na terra não faz o menor sentido. Se fomos criados para viver alguns anos aqui, com lutas diárias pela sobrevivência, enfrentando enfermidades, em sofrimento por nós e por aqueles que amamos, com períodos intermitentes de recompensas e prejuízos num constante círculo de acontecimentos sobre os quais não temos o mínimo controle, para, depois de tudo isso, ter a sepultura como destino eterno, esta vida aqui na terra não faz o menor sentido! Atente ao que diz Eclesiastes 3:19, 20: “Porque o que sucede aos filhos dos homens sucede aos animais; o mesmo lhes sucede: como morre um, assim morre o outro, todos têm o mesmo fôlego de vida, e nenhuma vantagem tem o homem sobre os animais; porque tudo é vaidade. Todos vão para o mesmo lugar; todos procedem do pó e ao pó tornarão”. Se a nossa última estação é o cemitério, como acontece até com os animais, que propósito há em viver alguns anos aqui?
Então, faz sentido almejar algo bem melhor após a nossa morte. Vivemos para morrer ou morremos para viver? Onde está o melhor da nossa existência? De acordo como o apóstolo S. Paulo, no texto principal acima, ele afirma que “a nossa pátria está nos céus”. Ou seja, temos cidadania celestial, ao partirmos daqui, nasceremos lá. Ele segue afirmando que é de lá que virá o nosso “Salvador, o Senhor Jesus Cristo”, ou seja, esta pátria é Divina. Agora veja esta afirmação: “o qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória”, sofreremos uma transformação tremenda, este corpo que temos hoje sujeito a fraquezas, limitações e enfermidades, será trocado por um corpo igual ao de Jesus Cristo ressurreto. Um corpo glorioso, indestrutível, imortal, incorruptível, capaz de habitar em qualquer lugar deste universo e além dele!
Desta forma, então, podemos admitir que a nossa vida atual é preciosa e faz todo o sentido. Deus nos fez eternos. A morte física nos levará à vida eterna. Já não há condenação para aqueles que estão em Cristo Jesus nosso Senhor, afirma S. Paulo (Romanos 8:1). Quando nos entregamos a Jesus Cristo, recebemos o passaporte irrevogável que nos garante viver infinitamente nesta pátria celestial onde já não mais conheceremos as dificuldades desta vida terrena. Tudo, em absoluto, estará subordinado a Ele: “segundo a eficácia do poder que ele tem de até subordinar a si todas as coisas”. Isto não é especulação, mas certeza fundamental!
Como é linda a fé cristã autêntica, que nos foi deixada por Jesus Cristo e os seus apóstolos. Ela extrapola as tolas discussões religiosas e filosóficas sobre a vida pós-morte. Torna-se uma esperança concreta porque o próprio Senhor Jesus Cristo ressuscitou ao terceiro dia como havia dito que o faria. O seu corpo já não era o mesmo biológico do seu nascimento, igual ao nosso, mas era um corpo diferente, glorioso, não sujeito a barreiras físicas, transcendia à matéria, e mesmo assim era um corpo no qual havia as marcas da sua crucificação. Ao retornar do sepulcro, ele comeu peixe e mel com os seus discípulos: “Jesus lhes disse: Tendes aqui alguma coisa que comer? Então, lhe apresentaram um pedaço de peixe assado [e um favo de mel]. E ele comeu na presença deles” (Lucas 24:41-43).
Podemos crer com toda a convicção de que o melhor ainda está por vir. Nós nos reencontraremos com todos os nossos queridos que já partiram. A celebração do reencontro é certa. Jesus é aquele que nos dá plena garantia de que assim será, ele afirmou: “Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam também comigo os que me deste, para que vejam a minha glória que me conferiste, porque me amaste antes da fundação do mundo” (João 17:24).
“Nada há de bom nesta vida salvo a esperança de uma outra vida” (Blaise Pascal).
Rev. Miguel Cox

 

 

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