Em defesa da vida! Contra a descriminalização do aborto!
WASHINGTON LUIZ PEREIRA
"Qual é o primeiro de todos os direitos naturais do homem? O de viver. Por isso, ninguém tem o direito de atentar contra a vida de seu semelhante, nem de fazer nada que possa comprometer a sua existência corporal". Ao tempo que esclarece, 'O Livro dos Espíritos', na sua questão 880, reforça a importância de valorizar a vida, que começa no momento da concepção.
Em outra questão, a de número 358, 'O Livro dos Espíritos' destaca que "a prática do aborto, em qualquer época da gestação, constitui crime diante das Leis Divinas". Em consonância com os ensinamentos da Doutrina Espírita, é essencial reafirmar o compromisso inabalável com a defesa da vida.
Neste propósito, a Federação Espírita Pernambucana (FEP) reforça o seu posicionamento e reitera sua postura contrária ao inerente julgamento da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF 442), que visa legalizar o aborto intencional até a 12ª semana de gestação. Clamamos ao Supremo Tribunal Federal (STF) que a votação do tema – atualmente suspensa – seja retirada de pauta. E ratificamos: o aborto provocado é uma transgressão às Leis de Deus.
É fato que os desafios psicológicos e físicos enfrentados pela gestante são muitos – e por várias circunstâncias. Mas as consequências espirituais, a partir da prática do aborto provocado, podem ser ainda maiores. No livro ‘Ação e Reação’, precisamente no Capítulo 15 – ‘Anotações oportunas’, o Espírito André Luiz, pela psicografia de Francisco Cândido Xavier, alerta sobre os possíveis efeitos desse ato e destaca: “Falta grave?! Será melhor dizer doloroso crime. Arrancar uma criança ao materno seio é infanticídio confesso”.
Na obra ‘Entender Conversando’, na sua questão 8, sobre a ‘Legalização do aborto’, o Espírito Emmanuel, também pela psicografia de Francisco Cândido Xavier, enfatiza: “Isto é um delito muito grave perante a Providência Divina, porque a vida não nos pertence e sim ao poder divino”. Importante salientar que os impactos do abortamento atingem não apenas a mulher que o pratica. Acomete, ainda, o pai e todas as pessoas que o induz.
E mais: a reencarnação é uma dádiva de Deus, que permite, por meio do veículo corporal, que cada criatura trabalhe em prol do seu próprio processo evolutivo. “Nunca cessa, em momento algum, os socorros inspirativos que procedem da esfera espiritual, em contínuas tentativas pelo aproveitamento integral do valioso investimento a que o Espírito se propôs”. É isso o que nos lembra o Espírito Manoel Philomeno de Miranda, pela psicografia de Divaldo Pereira Franco, no livro ‘Temas da Vida e da Morte’, no seu Capítulo 1.
E além de todo esclarecimento que nos revela e alerta a Doutrina Espírita, quanto às sequelas do abortamento e a importância da reencarnação, vale sublinhar que a mãe em gestação tem o amparo legal, caso queira entregar seu bebê para a adoção. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) prevê essa possibilidade de forma direta e sigilosa. Isso sem interromper a vida de um novo Ser e sem comprometer a sua própria existência – atual e futura.
Afinal, “Sabemos que é possível renovar o destino todos os dias”, como enfatiza o Espírito André Luiz, pela psicografia de Francisco Cândido Xavier, na obra ‘Evolução em Dois Mundos”, no seu Capítulo 14 – ‘Aborto criminoso’. E continua: “O próprio Evangelho do Senhor, na palavra do apóstolo Pedro, adverte-nos quanto à necessidade de cultivarmos ardente caridade uns para com os outros, porque a caridade cobre a multidão de nossos males”.
Roguemos, então, para que todo o esforço dos legisladores brasileiros seja no sentido de acolher e resguardar os direitos das mães e seus filhos em gestação para que tenham uma vida digna e feliz. Fé no Pai, que não desampara ninguém. Juntos sigamos fortalecendo a campanha contra a descriminalização do aborto e em favor da vida.
Washington Luiz Pereira é presidente da Federação Espírita Pernambucana (FEP)