Viva a Missão!

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JC

Publicado em 28/01/2024 às 0:00
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DOM IVAN ROCHA


Vivemos dias em que há muita depressão e outros males existencialistas. É preciso entender que se vivermos como a cultura está nos levando a viver, num consumismo e hedonismos insustentáveis, sem uma meta maior e um propósito mais elevado, estaremos fadados a um vazio enorme. Para os cristãos, há uma missão a ser cumprida, que nos ajuda a viver para além de nós mesmos.


Os quatro evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João) registram uma ordem, conhecida como “A grande comissão”. Nas palavras de Mateus, capítulo 28:19-20: “...Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos”.


O Arcebispo Dom Paulo Garcia nos ensinou que Jesus nos deu a ordem para ir, mas que nós teríamos que decidir, com a ajuda do Espírito Santo, a forma, a maneira e a criatividade desse movimento missionário.
Firmes nesse entendimento, uma possibilidade de classificarmos a missão, é dividi-la em cinco pilares: 1 - PROCLAMAÇÃO (Kerygma)- a pregação do Evangelho aos que não crêem; 2 - ENSINO (Didaqué)- o discipulado e apresentação de todo o conselho de Deus aos convertidos; 3 - COMUNHÃO (koinonia)- a promoção de um ambiente para relacionamentos saudáveis de cuidado e edificação mútuos; 4 - ADORAÇÃO (liturgia)- a participação em cultos e reuniões de oração, louvor, e administração dos sacramentos; e 5 - SERVIÇO (diaconia)- o cuidado com o pobre e o carente de cuidados no corpo, alma e espírito.


Todos os cristãos devem se engajar na grande comissão, de alguma forma. E porque esse assunto é importante? Dentre outros motivos, porque é importante viver para além das próprias necessidades. Quem quiser ganhar a vida perdê-la-á. Mas quem topar perder a vida, vai cumprir a missão e ganhar a vida abundante em Cristo Jesus. (Mt 16:25)


Na vida temos muitas questões existenciais importantes e muitos desafios pessoais que impactam o nosso comportamento e o exercício da nossa espiritualidade. Mas, certo é que independentemente das circunstâncias externas, temos parte na missão da igreja. Minha experiência é a de que, quanto mais eu sirvo, prego, ensino, cuido, oro, canto e me envolvo em alguma parte da missão, mais eu me sinto abençoado, cheio, leve, alegre e cheio de sentido para viver!


Não há necessidade de se preocupar com a capacitação para a missão, pois esse trabalho é do Espírito Santo. É Ele quem dá poder e dirige cada passo, quando a gente quer e deseja receber! Como cristãos, devemos estar prontos para sermos cheios do Espírito Santo e sermos testemunhas públicas onde quer que ponhamos as plantas dos nossos pés. (At 1:8)


Não importa onde você mora, nem a igreja que você frequenta, nem a sua idade, nem o tempo que você tem de convertido. Aliste-se para a missão, peça a Deus o preenchimento do Espírito Santo e viva para além de você mesmo! Viva a missão!


Dom Ivan Rocha é Bispo da Igreja Episcopal Carismática do Brasil
Catedral da Reconciliação

 

 

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