Santa Maria Cheia do Espírito Santo !!

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JC

Publicado em 28/04/2024 às 0:00
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REVERENDO MIGUEL COX


“Todosestes perseveravam unânimes em oração, com as mulheres,
com Maria, mãe de Jesus, e com os irmãos dele”. (Atos 1:14)

Santa Maria, a mais bem-aventurada entre todas as mulheres do mundo e de todas as épocas, pois no seu útero abrigou o Salvador, o nosso Senhor Jesus Cristo! A mulher escolhida de Deus para cuidar do que há de mais precioso e amado em todo o universo, o Seu Filho Jesus Cristo. Deste modo, o unigênito de Deus tornou-se o primogênito de Maria. Toda a humanidade de Jesus foi herdada dela e toda a sua divindade, do Espírito Santo que O gerou no seu ventre. Por isso, diz o Credo Niceno: “Deus de Deus, Luz de Luz, Verdadeiro Deus de Verdadeiro Deus, gerado, não feito, consubstancial ao Pai”. E o Credo Apostólico: “Creio em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor, o qual foi concebido por obra do Espírito Santo; nasceu da virgem Maria”.


Portanto, nos ensina o Evangelho, que Jesus é Filho de Mulher, Filho de Maria, segundo a carne, quer dizer, a sua origem humana porque ele é Filho da Humanidade, graças à sua concepção no ventre de Santa Maria. Desejo, neste resumido texto, destacar a humanidade do Filho de Deus, sem negar a sua plena divindade como Filho de Deus. Lanço uma pergunta: “Quando foi que Maria esteve mais cheia do Espírito Santo, na sua gravidez e no Dia de Pentecostes?”


Mas, o objetivo principal desta reflexão é o de exaltar Santa Maria na sua essência e humildade. Nos vinte e sete livros do Novo Testamento, que inclui os quatro evangelhos, as cartas paulinas e universais, a carta aos Hebreus e o apocalipse, nenhum destes textos sugere Santa Maria como intercessora, corredentora ou mesmo que tenha tido natureza divina. Ao passo que sobre Jesus todas as prerrogativas divinas são claramente demonstradas.


Não há nos escritos dos apóstolos, no Novo Testamento, sequer uma recomendação para se dirigir orações e rezas à Santa Maria. Nenhum dos apóstolos a menciona, exceto nos quatros evangelhos como mãe biológica de Nosso Senhor e de outros filhos e filhas (Não é este o filho do carpinteiro? Não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos, Tiago, José, Simão e Judas? Mateus 13:55; Marcos 6:13; Lucas 8:19-21). Nenhuma exaltação ou atribuições divinas lhe são imputadas. Ela não é uma Deusa detentora dos atributos exclusivos da divindade, tais como: onipotência, onipresença e onisciência. Ela não é intercessora nem uma mãe que consegue atender a todos os seus filhos ao mesmo tempo. Não há relatos dela ter ressuscitado e ascender ao céu como o fez Jesus. Enfim, ela não é uma Deusa ao lado de Deus.


No entanto, Maria era uma mulher maravilhosa, esteve ao lado de Jesus durante o seu sofrimento e morte na cruz. O viu ressuscitado e ser assunto ao céu. Ela esteve com os apóstolos no Cenáculo juntamente com outros seguidores do Senhor, cerca de 120 pessoas, e com os seus demais filhos (Tiago, José, Simão e Judas, não o Iscariotes) aguardando o cumprimento da promessa do envio do Espírito Santo feita por Jesus. E, no dia de Pentecostes, 50 dias após a ressurreição de Cristo, num dia de domingo, todos os presentes, incluindo ela, ficaram cheios do Espírito Santo e como sinal visível tiveram línguas como de fogo sobre as suas cabeças e falaram em línguas pregando o evangelho aos judeus vindos de várias outras nações.


Santa Maria participou ativamente deste momento glorioso juntamente com os apóstolos de Cristo, conforme o texto chave deste artigo: “Todos estes perseveravam unânimes em oração, com as mulheres, com Maria, mãe de Jesus, e com os irmãos dele”. Ela também foi plenificada pelo Espírito Santo o tanto quanto os demais presentes. Na primeira vez, foi envolvida pelo Espírito Santo que colocou Jesus no seu útero até o seu nascimento. Nesta segunda vez, como os demais cristãos, recebe o Espírito Santo para ser fortalecida e revigorada no seu caminhar como cristã. Assim como acontece com todos aqueles que creem em Jesus. O Espírito Santo habita em nós e nos capacita viver a vida cristã harmonizada com a vontade de Deus.


Reverendo Miguel Cox é mestre em Teologia e pastor evangélico

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