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Encarando desafios da pandemia, Salesiano colhe bons resultados e planeja o futuro

Com gestão atenta às necessidades de alunos e professores, colégio se moderniza para consolidar legado e valores construídos em 126 anos de atuação

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Publicado em 03/05/2021 às 9:55 | Atualizado em 03/05/2021 às 9:58
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Se a palavra-chave para a atuação humana desde o início da pandemia tem sido adaptação, essa característica se acentua profundamente quando pensamos no segmento educacional, um dos mais afetados pelas restrições impostas pela covid-19. As aulas remotas precisaram virar realidade - para muitas escolas, de uma hora para a outra - e, junto com elas, todos os ajustes que essa mudança de metodologia trouxe a reboque. Professores aptos a ensinar a distância, alunos empenhados em vencer a dispersão e as longas horas diante das telas, sistemas de apoio pedagógico, serviços de atendimento psicológico… Um sem-fim de novidades para ajudar estudantes, docentes e gestores a atravessar as turbulências de 2020 e 2021.

Para Beatriz e Gabriel Albuquerque, irmãos gêmeos de 18 anos que estudaram no Colégio Salesiano, no Recife, desde o Ensino Infantil, havia um fator a mais entre essas preocupações: 2020 seria o ano de conclusão do Ensino Médio, cheio de preparativos e expectativas para vivenciar o percurso até os vestibulares e o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A pandemia os obrigou a se adaptarem. “Comecei com todo o gás, toda a turma querendo aproveitar o ano ao máximo, mas a pandemia não deixou. Acho que a gente só conseguiu passar pelo ensino remoto e ter um bom resultado por causa dos professores e da coordenação. A gente se sentiu meio perdido no começo, sem conseguir um bom rendimento, mas pudemos contar com a ajuda deles sempre, tanto no ambiente das aulas como nos grupos, trocando mensagens, fazendo chamadas em vídeo. A gente sentiu a escola muito presente e todo mundo se unia para fazer dar certo, porque estava difícil para todos”, lembra Gabriel, que vai cursar Engenharia da Computação na Universidade de Pernambuco.

A irmã, dona de uma vaga no curso de Agronomia mais concorrido do Brasil, na Universidade Federal de Viçosa, em Minas Gerais, concorda com ele. “Apesar de 2020 ter sido muito difícil, a gente sempre ficou perto dos professores. Não foi porque as aulas aconteceram no formato EAD que perdemos o clima de terceiro ano. A gente ligava a câmera mais cedo para dar bom dia ou parabéns, sempre houve muito acolhimento. A coordenação do Ensino Médio estava atenta aos nossos pedidos para aulas extras nos assuntos em que surgiam mais dificuldades. Ou se a gente precisava de um intervalo maior para descansar um pouco e retomar a concentração. Criamos um grupo no WhatsApp para resolver essas broncas, para trocar informações e avisos. Foi o ano todo com esse acompanhamento bem próximo mesmo, no grupo, na sala online, e quando o presencial foi retomado, a gente se sentiu mais acolhido ainda”, elogia Beatriz. “Esse clima de família e essa energia do Salesiano vão comigo para Minas Gerais, sem dúvida”, brinca a jovem.

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Aos 18 anos, gêmeos Beatriz e Gabriel foram aprovados em suas primeiras opções de graduação: ela vai cursar Agronomia na UFV-MG e ele, Engenharia da Computação na UPE - JAILTON JR/JC360

Estratégia de gestão

Conduzir alunos e equipes por todas essas mudanças foi uma decisão que a gestão do Salesiano tomou logo no começo da pandemia. Mas mesmo antes de a covid-19 dar as caras, o colégio já tinha iniciado um processo de modernização tanto da estrutura física quanto das possibilidades pedagógicas para alunos e professores. “Ainda em 2019, iniciamos, além de um projeto pedagógico mais arrojado, as modificações nos espaços da escola, que serão feitas ao longo dos próximos cinco anos. O objetivo é adequar a estrutura a uma melhor aprendizagem e a um maior cuidado com os alunos, dando mais qualidade ao nosso ensino”, detalha o diretor pedagógico Luiz Carlos Ventura.

Em termos de material, os alunos do Salesiano trabalham com livros didáticos e paradidáticos elaborados pela Rede Salesiana Brasil, já em sintonia com a nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e todos em formato digital. Além disso, os estudantes também contam com equipamentos eletrônicos de vanguarda e os professores possuem certificação em ferramentas Google, o que se converteu em uma grande vantagem quando o ensino remoto precisou fazer parte do cotidiano. Outro aspecto importante são as melhorias feitas na matriz curricular, que ampliaram a carga horária de alguns conteúdos - as disciplinas de Filosofia e Sociologia, por exemplo, um diferencial importante do colégio. “Por mais que 2020 tenha sido um ano naturalmente difícil, consideramos nossos resultados positivos, porque são fruto de um trabalho de anos. Por exemplo, faz tempo que a gente vem trabalhando a inserção tecnológica na educação. Nossos estudantes já sabiam utilizar o Google Meet quando tiveram que estar o tempo inteiro nessa plataforma, obrigatoriamente. Nosso material didático é digital e tudo isso ajudou muito, além do empenho dos alunos. Essa conjunção de pandemia, aula online e o fato de ser um ano decisivo para os concluintes do Ensino Médio só gerou esse resultado graças ao esforço conjunto”, pontua Caike Andrade, coordenador do Ensino Médio do Salesiano.

Conteúdos específicos

Além do currículo regular, os terceiranistas contam com uma oficina de Redação e aulas a mais de Matemática, atividades extracurriculares que foram organizadas pelo colégio para melhorar ainda mais o resultado dos alunos. No caso da Redação, a oficina ocorre desde 2018, uma vez por semana, e durante quatro horas os estudantes têm uma discussão temática entre si, com mediação da professora. Depois produzem um texto e, na semana seguinte, recebem um feedback personalizado. No caso de Matemática, a atividade foi iniciada em 2019, com foco em assuntos básicos da disciplina, e acabou evoluindo para um preparatório mais voltado aos vestibulares, com resolução de questões. A avaliação do coordenador é positiva. “Temos um grupo considerável de alunos participando no contraturno e já percebemos uma melhoria significativa em relação aos resultados das redações e no rendimento das turmas de terceiro ano em Matemática”.

A oferta dessas atividades se manteve mesmo durante a pandemia, apesar das dificuldades. “A turma demonstrou muito interesse. Mesmo tendo aula todas as manhãs, permanecem na escola duas vezes por semana, no período da tarde, como complemento de carga horária e também em alguns sábados, quando ocorrem aulões interdisciplinares”, detalha Caike.

A coordenação acredita que as aulas extracurriculares ajudaram nas aprovações que os alunos do Salesiano tiveram nos vestibulares e no Enem. “É interessante analisar esses resultados e somos capazes de ver a evolução claramente, diante do levantamento que fazemos das notas por área de conhecimento, desde 2013. Este ano, tanto em Matemática quanto na Redação, o número surpreendeu de forma muito positiva”, comemora o diretor Luiz Carlos Ventura. “O que buscamos é fazer do aluno protagonista da própria vida, do próprio ensino, da própria história. Quando vemos esse objetivo ser alcançado, apesar de todas as circunstâncias adversas, ficamos felizes junto com eles”, enfatiza.

Caike Andrade também celebra as aprovações, é claro. “Digo aos alunos que eles me deram muito orgulho. Foi um crescimento significativo de aprovações, que aconteceram de acordo com o desejo deles, para os cursos que eles queriam. Ao longo de dois anos, tivemos um aumento de 20% nas aprovações dos nossos alunos nas universidades públicas. É um resultado muito positivo”, festeja.

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Caike Andrade (E), Luiz Carlos Ventura e Felipe Xavier ajudam a pavimentar o caminho do Salesiano rumo a um futuro cheio de alunos protagonistas e parceiras com a escola - JAILTON JR/JC360

Acompanhamento global

Nada disso seria possível se o Salesiano não oferecesse também um suporte psicológico sólido, tanto para os estudantes quanto para seus pais e para os profissionais do colégio. “O Núcleo de Apoio Psicopedagógico inicialmente atuava na inclusão de alunos com necessidades específicas. A gente procura personalizar esse olhar, não só por causa da necessidade especial do aluno, mas também no que diz respeito à sua integralidade como pessoa. Nesse acompanhamento feito com a psicopedagoga, a psicóloga e a coordenação pedagógica, a gente consegue identificar as dificuldades e fazer uma adaptação das avaliações e do conteúdo, para construir o melhor resultado possível para aquele estudante”, explica o coordenador do Ensino Médio.

Mas os impactos da covid-19 geraram situações mais complexas, que exigiram uma nova estratégia da gestão. “Com a pandemia, a gente criou uma sala virtual para o Núcleo Psicopedagógico para atendimento dos pais e dos educadores, porque a gente percebeu que havia também uma dificuldade emocional deles com tudo o que está acontecendo. Também ampliamos esse atendimento e, além dos alunos com necessidades específicas, todos os estudantes devem passar pelo acompanhamento”, detalha o diretor pedagógico.

Diálogo permanente

Ainda dentro das modificações estruturais e pedagógicas que têm norteado a gestão do Colégio Salesiano, o Projeto de Vida é um novo componente curricular do Ensino Médio surgido à luz da BNCC. “A ideia é criar, dentro da estrutura do currículo, um espaço para que os alunos dialoguem entre si e com a gente, professores, coordenação, outros profissionais da escola. Vamos trabalhar a questão da inserção profissional, sim, mas também a dimensão social, o autoconhecimento, para que eles percebam que a escola é o ambiente por excelência para a formação do pensamento crítico, que será essencial ao futuro deles”, explica Felipe Xavier, coordenador de projetos do Salesiano. As ações do Projeto de Vida permeiam as atividades escolares durante as três séries do Ensino Médio, de maneira multidisciplinar e envolvendo o estudante e toda a equipe do colégio.

Outra novidade trazida pela Rede Salesiana Brasil, formada por 102 escolas em todo o país, é a ampliação das coleções de material didático usadas pelos colégios da rede. Essa política começou há 15 anos e, recentemente, alcançou todos os níveis da escolarização, com a chegada da Coleção Passaporte, destinada aos alunos do Ensino Médio. Alinhado à BNCC e pronto para entrar em uso a partir de 2022, o material traz os conteúdos necessários para preparar os alunos para o Enem e vestibulares, sem deixar de lado a formação integral dos estudantes. Temas como inteligência emocional, robótica e criatividade são abordados, junto a elementos regionais que serão exigidos em provas e concursos específicos - como o Sistema de Avaliação Seriada da UPE, por exemplo.

O futuro é agora

Mantendo o olhar no futuro, mas sem desconsiderar a história centenária já construída em Pernambuco, o Salesiano também se candidatou ao Programa Escolas Associadas, da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco). “Nosso projeto é trabalhar em rede, em sintonia com a Agenda 2030 da ONU, mostrando que nossos princípios estão relacionados aos valores da Unesco. Uma vez feita a candidatura, são dois anos de acompanhamento, para depois vir a confirmação. A intenção não é mudar o trabalho desenvolvido no Salesiano, mas termos a chancela da Unesco, confirmando que a escola é comprometida com esses valores. Para nós, muito mais do que saber trabalhar componentes curriculares, é importante formar nossos alunos para que sejam capazes de solucionar os problemas do futuro”, esclarece Felipe.

Também dentro do contexto de atenção ao futuro, a Pré-Iniciação Científica é um projeto extracurricular que o Salesiano oferece a partir do Ensino Médio, desde 2019. “Sabendo que a pesquisa é um dos pilares da vida universitária, junto com o ensino e a extensão, a ideia é trazer essa perspectiva para que os estudantes possam trabalhar conteúdos a partir de uma curiosidade ou interesse específico, escolhendo os temas que serão abordados”, contextualiza o coordenador de projetos. “A gente coloca as escolhas nas mãos deles e oferece a orientação, a exemplo do processo que se dá na universidade. Com a quantidade de alunos que temos, há uma pluralidade de assuntos em discussão, tocando em problemáticas que podem vir na redação do Enem ou do SSA, por exemplo, ou que vão ser a faísca para projetos que eles poderão desenvolver futuramente, mostrando desde já como o processo científico ocorre de fato”, diz Felipe Xavier.

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