DOENÇA

Parkinson em jovens: Sintomas, diagnóstico e tratamento

Neurologista ressalta a importância do diagnóstico e tratamento de Parkinson em jovens, que somam 5 a 10% dos casos

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Paloma Xavier

Publicado em 21/02/2024 às 5:01 | Atualizado em 21/02/2024 às 11:32
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Com o envelhecimento, é natural a tendência do ser humano estar mais suscetível a doenças. Uma das que são frequentemente associadas à idade avançada é o Parkinson. Contudo, diferentemente do que muitos pensam, essa enfermidade não acomete apenas idosos.

Na verdade, 5 a 10% dos casos de Parkinson são em jovens, explica David Plácido Lopes, neurocirurgião do Hospital Jayme da Fonte. “Os sinais clínicos são semelhantes. A característica é o início dos sintomas antes dos 40 anos caracterizando o Parkinson precoce e antes dos 21 anos o Parkinson Juvenil”, acrescenta.

Entre os principais sintomas de Parkinson estão os tremores e a maior lentidão de movimentos

Os principais sintomas da doença são: aumento gradual dos tremores, maior lentidão de movimentos e caminhar arrastando os pés. A enfermidade é causada pela morte das células do cérebro que produzem a substância dopamina, condutora as correntes nervosas (neurotransmissores) ao corpo.

Outro fator que pode desencadear o Parkinson é a genética, independentemente da idade. "A possibilidade de causa genética em jovens é muito forte", afirma o neurologista.

O médico também pontua que, além de afetar a funcionalidade do paciente, a doença também impacta na sua vida social e afetiva. Isso porque os sintomas tendem a dificultar atividades rotineiras e relações.

Diagnóstico e tratamento

Ao notar sintomas de Parkinson, a orientação é procurar um neurologista. “O diagnóstico é primordialmente clínico. Porém, exames, sobretudo de neuroimagem devem ser realizados para descartar causas secundárias”, recomenda o médico.

GABRIEL FERREIRA/JC IMAGEM
Um exame de imagem que pode ser utilizado no diagnóstico da doença de Parkinson é a tomografia por emissão de pósitrons (PET) - GABRIEL FERREIRA/JC IMAGEM

A doença ainda não tem cura, mas pode ser tratada. “Ainda é o medicamentoso o principal, mas o tratamento cirúrgico tem trazido grandes vitórias contra a doença nos casos selecionados. Com os jovens, a cirurgia tem sido um grande recurso”, explica David.

O neurologista ressalta que, além do uso de medicamentos, é essencial a atuação de profissionais como fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais. “É de fundamental importância o trabalho integrado com estas áreas do conhecimento. Sobretudo porque o principal problema no doente de Parkinson é o motor”.

Também é importante o acompanhamento psicológico e de um fonodiólogo que trabalha com a voz e motricidade oral - especialidade da Fonoaudiologia que estuda as alterações estruturais e funcionais da região da orofacial e cervical.

O médico é otimista em relação às expectativas para o desenvolvimento de novos tratamentos para a doença em jovens. “A evolução do cirúrgico tem trazido grande esperança. Além disto os derivados medicinais da Cannabis vem sendo estudados e testados em ensaios clínicos para o Parkinson”, finaliza.

Hospital Jayme da Fonte

Referência no atendimento, diagnóstico e tratamento neurológico, o Hospital Jayme da Fonte conta com reconhecidos especialistas na área. Além disso, dispõe de um moderno serviço de imagem, que realiza exames essenciais para a detecção precoce de doenças neurológicas.

“A matéria apresentada neste portal tem caráter informativo e não deve ser considerada como aconselhamento médico. Para obter informações fornecidas sobre qualquer condição médica, tratamento ou preocupação de saúde, é essencial consultar um médico especializado.”

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