Aluguel desacelera, mas ainda avança no Recife
A razão entre o preço médio de locação e o preço médio de venda dos imóveis é a maior na capital pernambucana
O Índice FipeZAP registrou uma alta mensal de 0,70% no aluguel residencial do mês de outubro, resultado que representa uma nova desaceleração dos preços em relação aos meses anteriores. Imóveis residenciais de um dormitório registraram a maior elevação do aluguel residencial nesse mês (+0,76%), contrastando com o incremento mais modesto entre unidades com quatro ou mais dormitórios (+0,28%).
Em termos comparativos, o comportamento do Índice FipeZAP de Locação Residencial se manteve acima das variações mensais do IPCA/IBGE (+0,24%) e do IGP-M/FGV (+0,50%). Das 25 cidades que integram o índice, 20 registraram valorização do aluguel, incluindo 9 das 11 capitais monitoradas: Goiânia (+2,60%);
Fortaleza (+1,59%); Recife (+1,59%); Porto Alegre (+1,07%); Curitiba (+0,90%); Belo Horizonte (+0,86%); Rio de Janeiro (+0,64%); São Paulo (+0,46%); e Salvador (+0,21%).
BALANÇO DE 2023
Considerando-se os resultados, o Índice FipeZAP de Locação Residencial acumula uma alta de 14,05% no balanço parcial de 2023 (até outubro), superando nesse recorte temporal as variações acumuladas pelo IPCA/IBGE (+3,75%) e IGP-M/FGV (-4,46%).
Individualmente, todas as 25 cidades monitoradas acompanharam o resultado positivo do índice, incluindo as 11 capitais que integram sua cesta de cálculo: Goiânia (+29,04%); Florianópolis (+27,98%); Fortaleza (+20,56%); Rio de Janeiro (+17,77%); Curitiba (+16,87%); Belo Horizonte (+13,63%); Porto Alegre (+11,81%); São Paulo (+11,76%); Recife (+10,71%); Brasília (+10,67%); e Salvador (+9,16%).
VARIAÇÃO EM 12 MESES
Comparativamente, o Índice FipeZAP de Locação Residencial registra uma alta nominal de 15,96% nos 12 meses encerrados em outubro de 2023, resultado que também supera, nesse horizonte temporal, as variações acumuladas pelo IPCA/IBGE (+4,82%) e pelo IGP-M/FGV (-4,57%).
A valorização mais expressiva abrange, neste horizonte temporal, imóveis de apenas um dormitório (+18,74%), contrastando com o aumento menos expressivo entre unidades residenciais de quatro ou mais dormitórios (+12,56%) nesse mesmo intervalo.
Em termos de abrangência, todas as 25 cidades que integram a cesta do índice registraram incrementos nos preços do aluguel residencial, incluindo as 11 capitais anteriormente mencionadas: Goiânia (+35,15%); Florianópolis (+29,45%); Rio de Janeiro (+20,06%); Fortaleza (+19,67%); Curitiba (+19,36%); Belo Horizonte (+15,55%); Porto Alegre (+14,85%); São Paulo (+13,35%); Recife (+12,22%); Brasília (+11,45%); e Salvador (+10,14%).
PREÇO MÉDIO DA LOCAÇÃO
O preço médio do aluguel de imóveis residenciais foi apurado em R$ 41,79/metro quadrado. Os maiores valores médios foram observados no aluguel de imóveis residenciais de um dormitório (R$ 53,54/metros quadrados) e os menores, entre unidades com três dormitórios (R$ 36,47/metros quadrados).
Comparando-se os resultados apurados para as capitais envolvidas no cálculo do índice, a cidade de São Paulo (SP) apresentou o preço médio mais elevado (R$ 50,92/metros quadrados), seguida por: Florianópolis (R$ 49,92/metros quadrados); Recife (R$ 47,06/metros quadrados), Rio de Janeiro (R$ 44,34/metros quadrados); Brasília (R$ 40,31/metros quadrados); Belo Horizonte (R$ 35,67/metros quadrados) e Curitiba (R$ 35,03/metros quadrados).
Em contraponto, as capitais monitoradas com os menores valores de locação
residencial em outubro envolveram as seguintes localidades: Fortaleza (R$ 28,03/m²); Porto Alegre (R$ 31,10 metros quadrados); Salvador (R$ 32,17/metros quadrados); e Goiânia (R$ 33,91/metros quadrados).
RENTABILIDADE DO ALUGUEL
A razão entre o preço médio de locação e o preço médio de venda dos imóveis é uma medida de rentabilidade (rental yield) para o investidor que opta em adquirir o imóvel com a finalidade de obter renda com aluguel. Com base em dados de outubro de 2023, o retorno médio do aluguel residencial foi avaliado em 5,61% ao ano. Entre as 11 capitais, destacaram-se os retornos em: Recife (7,36% a.a.); Salvador (6,17% a.a.); Goiânia (5,79% a.a.); São Paulo (5,76% a.a.); e Florianópolis (5,57% a.a.).