LOCAÇÃO RESIDENCIAL

Aluguel avança e mantém Recife como a terceira cidade mais cara do País

O preço médio de locação residencial foi calculado em R$ 42,12/metro quadrado entre capitais brasileiras

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Lucas Moraes

Publicado em 14/12/2023 às 19:52 | Atualizado em 14/12/2023 às 20:40
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Com base no comportamento dos preços de locação em 25 cidades brasileiras, em novembro de 2023, o Índice FipeZAP registrou uma alta de 0,85% no aluguel residencial, resultado que representa uma aceleração em relação a outubro (+0,70%). Imóveis de um dormitório registraram a maior elevação do aluguel no mês (+0,99%), contrastando com o incremento relativamente menor entre unidades com quatro ou mais dormitórios (+0,55%). Em termos comparativos, o comportamento do Índice FipeZAP de Locação Residencial em novembro superou as variações mensais do IPCA/IBGE (+0,28%) e do IGP-M/FGV (+0,59%).

Das 25 cidades que integram o cálculo do índice, 19 registraram valorização do aluguel, incluindo 9 das 11 capitais monitoradas, ordenadas da seguinte forma: Goiânia (+3,60%); Belo Horizonte (+1,92%); Fortaleza (+1,59%); Curitiba (+1,47%); Porto Alegre (+1,03%); Salvador (+0,87%); Rio de Janeiro (+0,70%); Recife (+0,60%); e São Paulo (+0,57%).

BALANÇO DE 2023

No ano, até novembro, o índice acumulou uma alta de 15,02%, superando nesse recorte temporal as variações acumuladas pelo IPCA/IBGE (+4,04%) e IGP-M/FGV (-3,89%). Individualmente, todas as 25 cidades
monitoradas acompanharam a evolução do índice, incluindo as 11 capitais que integram a cesta de cálculo: Goiânia (+33,69%); Florianópolis (+27,67%); Fortaleza (+22,48%); Rio de Janeiro (+18,59%); Curitiba (+18,59%); Belo Horizonte (+15,81%); Porto Alegre (+12,95%); São Paulo (+12,39%); Recife (+11,37%); Brasília (+10,35%); e Salvador (+10,11%).

Nos últimos 12 meses, a alta acumulada foi de 15,96%, resultado que também superou, nesse horizonte temporal, as variações acumuladas pelo IPCA/IBGE (+4,68%) e pelo IGP-M/FGV (-3,46%). A valorização mais expressiva do aluguel em 12 meses abrangeu imóveis com um dormitório (+18,79%), contrastando com o aumento menos expressivo entre unidades residenciais de quatro ou mais dormitórios (+12,56%).

Em termos de abrangência, todas as 25 cidades que integram a cesta do índice registraram incrementos nos
preços do aluguel residencial, incluindo as 11 capitais anteriormente mencionadas: Goiânia (+38,40%); Florianópolis (+28,14%); Fortaleza (+21,35%); Rio de Janeiro (+19,97%); Curitiba (+19,51%); Belo Horizonte (+17,08%); Porto Alegre (+14,26%); São Paulo (+13,25%); Recife (+12,16%); Brasília (+11,05%); e Salvador (+10,23%).

PREÇO MÉDIO DE LOCAÇÃO

O preço médio de locação residencial foi calculado em R$ 42,12/m². Os maiores valores médios foram observados no aluguel de imóveis residenciais de um dormitório (R$ 54,03m²) e os menores, entre unidades com três dormitórios (R$ 36,72/m²).

Comparando-se os resultados apurados para as capitais envolvidas no cálculo do índice, a cidade de São Paulo (SP) apresentou o preço médio mais elevado (R$ 51,21/m²), seguida por: Florianópolis (R$ 49,81/m²); Recife (R$ 47,35/m²), Rio de Janeiro (R$ 44,65/m²); Brasília (R$ 40,19/m²); Belo Horizonte (R$ 36,36/m²) e Curitiba (R$ 35,54/m²).

Em contraponto, as capitais monitoradas com os menores valores de locação residencial em novembro foram as seguintes: Fortaleza (R$ 28,48/m²); Porto Alegre (R$ 31,42m²); Salvador (R$ 32,45/m²); e Goiânia (R$ 35,13/m²).

RENTABILIDADE DO ALUGUEL

A razão entre o preço médio de locação e o preço médio de venda dos imóveis, que determina o retorno médio do aluguel residencial foi avaliado em 5,64% ao ano, patamar que, a despeito do incremento observado desde meados de 2021, manteve-se abaixo da rentabilidade média projetada para aplicações financeiras de referência nos próximos 12 meses. Em termos comparativos, a rentabilidade projetada do aluguel residencial foi relativamente maior entre imóveis com apenas um dormitório (6,22% a.a.), ao passo que o menor percentual do retorno foi apurado entre unidades com quatro ou mais dormitórios (4,44% a.a.).

Entre as capitais, destacaram-se os retornos em: Recife (7,37% a.a.); Salvador (6,24% a.a.); Goiânia (5,91% a.a.); São Paulo (5,78% a.a.); e Porto Alegre (5,61% a.a.).

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