Brasil já é o quinto maior investidor em imóveis nos EUA

Brasileiros investiram US$ 4,3 bilhões em 2023, de acordo com estudo da Miami Realtors, uma associação local de corretores de imóveis nos EUA

Publicado em 02/07/2024 às 19:54

Nos últimos anos, o mercado imobiliário dos Estados Unidos tem se destacado como uma alternativa atrativa para brasileiros que buscam diversificar seus investimentos e dolarizar seu patrimônio. Dados recentes do setor imobiliário apontam um cenário promissor, com a Flórida se consolidando como um dos principais destinos para compradores estrangeiros.

Segundo um estudo da Miami Realtors, associação local de corretores de imóveis, houve um aumento de 34% no volume de compras residenciais por compradores estrangeiros nos últimos anos. Este crescimento reflete um movimento crescente de brasileiros em busca de ativos no exterior, que alcançou um valor de US$ 4,3 bilhões em 2023, conforme dados do Banco Central (BC). Em comparação ao ano anterior, que apresentou um saldo negativo de US$ 142 milhões, o cenário atual é consideravelmente mais otimista.

Dentro deste contexto, Leandro Sobrinho, sócio-fundador e diretor da Davila Finance, com sede na Flórida, aponta que o mercado americano está em franca expansão. "Isto porque investir em imóveis na Flórida apresenta diversos benefícios, em especial na região central do estado, com cidades de destaque como Orlando, Palm Bay, Melbourne e Daytona Beach".

"A economia robusta da Flórida é impulsionada pelo turismo, tecnologia e um ambiente favorável para negócios, tornando-se uma escolha sólida para investimentos imobiliários que prometem retornos fortes e estáveis. A diversidade das localizações, que vão desde cidades vibrantes até áreas à beira de lagos, atrai tanto investidores domésticos quanto internacionais", observa.

Mas, como todo investimento, recomenda-se cautela. E, no caso de aquisições no exterior, é importante contar com a orientação de quem entende do mercado e pode guiar os passos de novos investidores.

“Para quem pretende investir no mercado imobiliário da Flórida, recomendo, primeiramente, fazer uma análise detalhada das áreas em crescimento e das tendências de mercado. É fundamental contar com o apoio de profissionais experientes, que possam fornecer orientações claras sobre as melhores oportunidades de investimento”, salienta Leandro Sobrinho.

Embora a possibilidade de uma carteira de investimentos mais robusta seja atraente, é importante levar em conta que cada território tem as suas particularidades e burocracias.

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“Diversificar os investimentos é crucial para minimizar riscos e maximizar retornos. Mas é importante estar atento às questões legais e tributárias, que podem variar significativamente entre os estados e países. É essencial tomar decisões informadas e seguras”, alerta Carlos Malagoni, um dos sócios-fundadores da Davila Finance.

Crescimento do mercado imobiliário

De acordo com o relatório da Miami Realtors, o Brasil é o oitavo país com maior número de cidadãos investindo no mercado imobiliário da região. Os brasileiros, com uma média de compra de US$ 495 mil (aproximadamente R$ 2,424 milhões), representam cerca de 6% dos compradores estrangeiros da área. Este cenário é liderado pela Argentina (16%), seguida por Colômbia (13%), Canadá (8%), Peru (8%), Chile (6%), México (6%) e Venezuela (6%).

A estabilidade econômica e a forte demanda por propriedades residenciais e comerciais na Flórida garantem que os investimentos na região permaneçam lucrativos, mesmo em tempos de incerteza econômica. Esta combinação de fatores torna o mercado imobiliário da Flórida uma opção atrativa para brasileiros que buscam segurança e rentabilidade em seus investimentos.

INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO A SER FEITO

Thiago Davila, também sócio-fundador da Davila Finance, ainda esclarece a dúvida dos investidores sobre qual investimento imobiliário mais vantajoso, a compra de imóvel para obtenção de uma renda passiva em dólar ou a incorporação. Segundo o empreendedor, são dois bons formatos de investimento.

“É óbvio que a renda passiva traz um risco menor, porque tem basicamente a oscilação da inadimplência de um aluguel que nos Estados Unidos se resolve rapidamente, as ações de despejo são muito rápidas e o único risco é ficar alguns meses sem inquilino”, explica.

Já a incorporação, de acordo com Leandro, oferece uma rentabilidade maior, embora o risco também seja maior.

“Depende muito do perfil do investidor. A remuneração média de uma aplicação em banco nos EUA é de 1% a 1,5% ao ano, dependendo muito do capital que você tem. Com a locação é possível fazer 6% ao ano numa média ponderada. É voltada para um perfil mais conservador. A incorporação pode ter rentabilidade superior a 10%”.

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