
Nas últimas semanas, moradores de Santa Catarina têm relatado o recebimento de pacotes vindos da China. O que chama a atenção é que eles afirmam não ter solicitado. As encomendas vinham com sementes vegetais de espécies não identificadas. Em alguns casos, as sementes são enviadas como um tipo de complemento ou brinde dos pedidos feitos no país asiáticos. Porém, existem relatos de pessoas que não fizeram compras em sites e receberam o produto.
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A descrição dos produtos, está escrito que seriam joias. Como resposta ao alto número de notificações, o Governo de Santa Catarina recomendou aos moradores que o conteúdo não seja aberto, utilizado ou descartado. Como alternativa foi sugerido que ele seja levado para a sede da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc).
“À princípio, serão analisados os resultados laboratoriais das sementes já entregues ao Mapa [Ministério] para avaliar o risco envolvido. Posteriormente, se necessário, será feita uma ação conjunta com os demais órgãos de controle”, disse o Ministério da Agricultura em nota enviada ao site Poder 360.
De acordo com o Cidasc, existe o risco de que caso a semente seja plantada, poderia causar contaminação e disseminação de pragas e doenças. “Apesar de parecerem inofensivas, estas sementes clandestinas podem estar contaminadas e disseminar pragas e doenças e, assim, causarem sérios prejuízos econômicos e danos do ponto de vista da defesa sanitária vegetal, tal como vivenciamos atualmente com a pandemia por covid-19“, diz a nota da Companhia.
Algo parecido já aconteceu em países da Europa e nos Estados Unidos. A recomendação foi a mesma adotada pelo Brasil. Ao Poder 360, a Embaixada da China informou que os endereços dos remetentes das sementes supostamente chinesas são falsos.
“O China Post segue estritamente as disposições da UPU e proíbe o transporte de sementes pelos correios. Segundo a Cidasc o estado de Santa Catarina do Brasil encontrou recentemente algumas embalagens de sementes com etiquetas de endereço sugerindo que elas foram enviadas da China. Após verificação com o China Post, essas etiquetas de endereço se revelaram falsas com layouts e informações errôneos”, comunica o texto da embaixada.
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