Todas as mesquitas e igrejas do Egito fecharam neste sábado (21) por duas semanas para frear a propagação do coronavírus, anunciaram as autoridades religiosas do país. O ministério de Bens Religiosos e a Igreja copta ortodoxa alertaram, em dois comunicados, sobre o "risco" de propagação da covid-19 que "representam as congregações em massa".
O ministério decidiu "proibir as orações coletivas e fechar as mesquitas (...) a partir de hoje (sábado) e durante duas semanas", declarou em sua página do Facebook. Apelando à "responsabilidade patriótica" na luta contra o vírus, o Santo Sínodo da Igreja copta ortodoxa ordenou o fechamento do conjunto de igrejas, assim como a "suspensão das missas" durante este mesmo período.
Na sexta-feira, a Igreja copta católica (minoritária) anunciou a suspensão das missas até nova ordem. Os cristãos coptas, que constituem a maior minoria cristã do Oriente Médio, representam entre 10% e 15% da população egípcia de cerca de 100 milhões de habitantes.
As medidas de fechamento foram anunciadas no dia seguinte à oração das sextas-feiras, nas quais os fiéis chegaram em massa nas mesquitas, apesar do surgimento de novos casos no país todos os dias.
O Egito registrava oficialmente na sexta-feira à noite 285 pessoas infectadas e oito mortos, segundo o Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Mas ainda persistem as dúvidas sobre a veracidade destes dados, já que muitos países registraram casos do novo coronavírus em pessoas que estiveram no Egito recentemente.
Para limitar a propagação do vírus, o Cairo fechou escolas e universidades, museus, aeroportos e o fechamento noturno de cafés, restaurantes e casas de show até 31 de março.
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