O número de pessoas mortas na Itália, em decorrência da pandemia do novo coronavírus (covid-19), voltou a registrar aumento nesta quinta-feira (9). Após alguns dias de sucessivas quedas na quantidade de falecimentos, 610 mortes foram confirmadas no país hoje. No dia anterior (8), havia sido 542.
Também foi registrada alta no número de casos: de 3.836 para 4.204. Essa é a contagem diária mais alta desde 5 de abril. O país europeu está em quarentena desde 9 de março.
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Morte de profissionais de saúde
Cem médicos morreram em decorrência da epidemia de covid-19 na Itália, que já matou cerca de 18.000 pessoas no país, anunciou uma federação profissional nesta quinta-feira (9).
"Temos o número de médicos que morreram por causa da covid-19, foram 100, talvez 101, até o momento, infelizmente", informou o serviço de imprensa da Federação Nacional da Ordem dos Médicos em Cirurgia e Odontologia.
O site desta federação é marcado com uma fita preta como sinal de luto e fornece os nomes de todos os médicos falecidos, alguns dos quais aposentados e chamados de volta ao trabalho para ajudar os serviços de saúde sobrecarregados pelo número de pacientes.
"Não podemos mais permitir que nossos médicos, nossos operadores de saúde, sejam enviados para combater o vírus com mãos vazias", escreveu no site Filippo Anelli, presidente da FNOMCEO.
"É um combate desigual que nos machuca, que machuca os cidadãos, que machuca o país", concluiu Anelli.
Trinta enfermeiros e cuidadores também morreram de covid-19, segundo a imprensa italiana.
De acordo com o Instituto Superior de Saúde (ISS), cerca de 10% das pessoas infectadas são profissionais da saúde.
"Nosso objetivo é ajudar os pacientes (...) e estamos demonstrando isso nesta pandemia: é entre os enfermeiros que encontramos a maior porcentagem de profissionais da saúde positivos para a covid, em torno de 52%. Entre os enfermeiros, existem aqueles que morrem da doença por estarem próximos dos pacientes, mas o fazem sem hesitação", afirmou Barbara Mangiacavalli, presidente da FNOPI, citada por esta federação sindical de enfermeiros.
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O que é coronavírus?
Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China.Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.
A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.
Como prevenir o coronavírus?
O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:
- Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos, respeitando os 5 momentos de higienização. Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool.
- Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
- Evitar contato próximo com pessoas doentes.
- Ficar em casa quando estiver doente.
- Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo.
- Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com freqüência.
- Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (mascára cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).
Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.
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