O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, assinou nessa quarta-feira (22) decreto que suspende temporariamente a imigração para o país durante a pandemia do novo coronavírus.
"Isso garantirá que norte-americanos desempregados sejam os primeiros na fila para empregos conforme nossa economia abrir", afirmou Trump na entrevista diária sobre o coronavírus. O presidente afirmou que assinou o decreto pouco antes da entrevista.
- Reino Unido registra 759 novas mortes por coronavírus; número total de óbitos ultrapassa 18 mil
- OMS alerta para alta nos casos de coronavírus na América Latina e África
- OMS diz que coronavírus 'nos acompanhará por muito tempo'
- Novo coronavírus já causou mais de 180 mil mortes em todo o mundo
- Número de infectados por coronavírus na China pode ser 4 vezes maior que o oficial, segundo pesquisa
Isolamento
O presidente norte-americano afirmou que o país está começando uma reabertura segura dos negócios, mesmo que algumas autoridades de saúde tenham alertado que afrouxar as medidas de isolamento muito rapidamente poderia desencadear uma nova onda de casos de covid-19.
Um tuíte de Trump, no início da manhã, demonstrou apoio aos governadores de vários estados do Sul, que estão flexibilizando as diretrizes de distanciamento social, que fecharam negócios e confinaram os moradores em suas casas.
"Os estados estão voltando com segurança. Nosso país está começando a abrir para negócios novamente. Cuidados especiais são e sempre serão dados aos nossos amados idosos (exceto eu!)", escreveu Trump, de 73 anos.
Um desses Estados é a Georgia, que deu sinal verde para a reabertura de academias, salões de beleza, boliches e estúdios de tatuagem a partir de amanhã (24), seguidos de cinemas e restaurantes na próxima semana.
Pesquisa de opinião realizada pela Reuters/Ipsos mostrou que a maioria dos norte-americanos acredita que as ordens de confinamento devem permanecer em vigor até que as autoridades de saúde pública determinem ser seguro suspendê-las, apesar dos danos à economia.
Balanço
As mortes por coronavírus nos Estados Unidos superaram ontem 47 mil, depois de subir em número quase recorde para um único dia na terça, segundo contagem da Reuters.
Um modelo da Universidade de Washington, frequentemente citado pela Casa Branca, projetou um total de quase 66 mil mortes por coronavírus nos EUA até 4 de agosto, uma revisão para cima de sua estimativa anterior, de 60 mil Nas previsões atuais, as mortes no país podem chegar a 50 mil no fim desta semana.
O estado de Nova York, epicentro do surto nos EUA, registrou 474 novas mortes nessa quarta-feira, o menor aumento desde 1º de abril. Alguns estados próximos, como Pensilvânia e New Jersey, tiveram número recorde de mortes em um dia na terça-feira.
Comentários