Os pacientes infectados pelo coronavírus, que foram declarados curados e que depois voltaram a testar positivos para a doença, refletem a persistência das células infectadas nos pulmões. Esses casos, no entanto, não podem ser considerados uma nova contaminação, informou a Organização Mundial de Saúde (OMS) nesta quarta-feira (6).
Há várias semanas, dezenas de casos de pacientes sul-coreanos, que tinham sido curados e voltaram a testar positivo, geraram preocupação internacional. Questionada pela AFP, a Organização Mundial da Saúde (OMS) disse estar "ciente desse tipo de paciente", sem mencionar o país asiático.
"Pelo que sabemos, até agora, a partir de dados muito recentes, parece que esses pacientes expelem material que se manteve nos pulmões, como parte do processo de recuperação", afirmou a organização.
"Temos que coletar evidências de forma sistemática para entender melhor por quanto tempo (esses pacientes) mantêm o vírus 'ainda ativo'", disse o órgão.
Imunização após infecção pelo coronavírus
Em uma entrevista recente à BBC, Maria Van Kerkhove, uma das responsáveis pela gestão da pandemia na OMS, alegou que as "células mortas" nos pulmões, que foram expulsas, eram o vetor para indicar o teste como positivo.
"Não é o vírus contagioso, não é uma reinfecção, não é uma reativação. Faz parte do processo de recuperação", insistiu. No entanto, ela disse não saber se existe imunização após a infecção pelo coronavírus ou por quanto tempo e em que grau.
Por enquanto, os especialistas se baseiam somente nos outros tipos de coronavírus, que não geram imunidade ao longo da vida, como a Sars, que apenas protegeu pacientes curados por alguns meses.
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O que é coronavírus?
Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China.Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.
A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.
Como prevenir o coronavírus?
O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:
- Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos, respeitando os 5 momentos de higienização. Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool.
- Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
- Evitar contato próximo com pessoas doentes.
- Ficar em casa quando estiver doente.
- Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo.
- Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com freqüência.
- Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (máscara cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).
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Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.
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Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.
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