O grupo Air France-KLM registrou um prejuízo líquido de 1,8 bilhão de euros no primeiro trimestre, devido aos efeitos do novo coronavírus no transporte aéreo em março, e apresentou nesta quarta-feira perspectivas sombrias para o terceiro trimestre.
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O prejuízo do primeiro trimestre foi cinco vezes maior do que os 324 milhões de euros registrados um ano antes. Compreende, principalmente, 455 milhões de euros de compra de combustível que não foi consumido devido à crise.
Os resultados refletem, no momento, apenas o impacto da pandemia no tráfego aéreo em março, depois que o ano "começou muito bem em janeiro e fevereiro", comentou o diretor financeiro do grupo, Frédéric Gagey, em entrevista coletiva remota.
A companhia aérea franco-holandesa, que deve receber uma ajuda de 7 bilhões de euros do governo francês, registrou uma queda das capacidades de 10,5% no primeiro trimestre (- 35% en março) e antecipa um tombo de 95% no segundo trimestre e 80% no terceiro, segundo um comunicado.
O transporte prevê " uma recuperação lenta da atividade no verão de 2020, com a supressão progressiva das restrições nas fronteiras", mas estima que a demanda do tráfego comercial "não voltará ao nível anterior à crise antes de muitos anos".
Para 2020, a Air France-KLM prevê um Ebitda "negativo significativo" pela primeira vez desde a criação do grupo franco-holandês, em 2004, assinalou Gagey.
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