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Estudo com hamsters comprova eficácia de máscaras contra coronavírus

Este é um dos primeiros estudos para comprovar se o uso de máscaras pode impedir que portadores sintomáticos ou assintomáticos do vírus SARS-CoV-2 infectem outros indivíduos

AFP
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Publicado em 17/05/2020 às 22:05 | Atualizado em 17/05/2020 às 22:05
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Quando estavam sem as máscaras, dois terços dos hamsters saudáveis se infectaram em uma semana - FOTO: PIXABAY

Vários testes realizados com hamsters provaram que o uso da máscara reduz acentuadamente a propagação do novo coronavírus, informaram especialistas da Universidade de Hong Kong neste domingo (17).

Este é um dos primeiros estudos para comprovar se o uso de máscaras pode impedir que portadores sintomáticos ou assintomáticos do vírus SARS-CoV-2 infectem outros indivíduos.

Liderados pelo professor Yuen Kwok-yung, especialista renomado em coronavírus, os pesquisadores prepararam duas gaiolas: uma com hamsters infectados e outra com animais saudáveis. Depois, as colocaram uma ao lado da outra.

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Eles colocaram máscaras cirúrgicas entre ambas as gaiolas e ativaram um fluxo de ar da gaiola com hamsters doentes para a de animais saudáveis.

Os resultados mostram que a transmissão do vírus diminuiu em mais de 60% quando as máscaras foram colocadas. Quando estavam sem as máscaras, dois terços dos hamsters saudáveis se infectaram em uma semana.

A taxa de infecção caiu para pouco mais de 15% quando as máscaras foram colocadas na gaiola dos animais infectados e 35% na gaiola dos saudáveis.

"Está muito claro que utilizar máscaras em pessoas infectadas [...] é mais importante do que em qualquer outra", declarou Yuen aos jornalistas.

"Agora que sabemos que grande parte dos infectados não apresentam sintomas, o uso universal das máscaras é realmente fundamental", acrescentou.

Quatro meses depois do aparecimento dos primeiros casos de COVID-19 na China, Hong Kong conseguiu limitar o número de casos para 1.000, com apenas quatro mortes.

De acordo com os especialistas, o uso da máscara e as campanhas de testes de diagnóstico em massa e de rastreamento de casos poderiam explicar o sucesso no controle da epidemia em uma cidade de 7,5 milhões de habitantes.

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